São Paulo – Novas medições também irão abranger ouvintes de emissoras web, entre outros novos recursos.
O Instituto Ibope, em parceria com a Comissão de Rádio
(formada por representantes de emissoras de rádio e Grupo de Mídia)
passou a integrar novos índices de audiência e análises à medição
regular de rádio. O instituto vai pesquisar os hábitos de consumo de
mídia da população, assim como o mercado.
A novidade é fruto de um trabalho de parceria de dois anos
com o mercado. Com isso, o Ibope Media passa a reportar a audiência do
meio também por outros equipamentos. Neste contexto, os primeiros
resultados apontam que o celular já é segundo aparelho mais utilizado
para ouvir rádio, perdendo apenas para o aparelho tradicional. O
computador aparece em terceiro lugar. A pesquisa também aponta que o
horário com maior alcance diário do rádio no celular foi às 14h e,
para o equipamento tradicional, o pico se deu às 10h.
Em um mês, o rádio alcançou 15,7 milhões de paulistanos
acima de 10 anos (88,62%). Ainda na Grande São Paulo, 7,46% da
população ouve rádio no celular frequentemente. Para estudar o meio
como um todo, o Ibope Media desenvolveu o índice “Total Emissoras”
que, além das frequências AM e FM, também passa a reportar a audiência
das rádios online. Os primeiros resultados apontam que as mulheres
representam grande parte dos ouvintes das emissoras web. Do total
mensurado, os homens são a maioria apenas na faixa etária de 30 a 34
anos.
Na pesquisa, a definição de emissora web contempla rádios
tradicionais AM e FM que atuam no ambiente online com a mesma
programação e que direcionam o ouvinte para o seu streaming oficial,
ou ainda, para plataformas exclusivas do meio internet, que tenham
comunicador, programação ao vivo, notícias, vinhetas e publicidade.
Para as porta-vozes da Comissão de Rádio, Cristina da Hora
(representando a 89 A Rádio Rock FM 89.1 e a Alpha FM 101.7), Juliana
Simomura (Grupo Bandeirantes de Rádio) e Priscila Stussi (Sistema Globo
de Rádio), a inclusão de novos locais de acesso, o monitoramento do
consumo por equipamentos e o reporte de audiência web são essenciais
para acompanhar a evolução do rádio.
Segundo as executivas, tais análises, somadas aos novos
targets, contribuem para uma melhor leitura do perfil dos ouvintes.
Além disso, outros avanços já estão em discussão e a Comissão de Rádio
segue otimista de que eles possam ser viabilizados em breve. O
intuito, segundo o grupo, é colaborar para o crescimento do meio,
tanto em seu conteúdo, quanto na sua crescente participação nos
investimentos publicitários. Ainda de acordo com Edison Tamashiro
(F/Nazca) e Thiago Rodrigues (Loducca), do Grupo de
Mídia há pouco tempo, o rádio transcendeu formato
tradicional das ondas AM/FM e passou a ser transmitido via streaming,
banda larga e em outras plataformas. Todas essas mudanças fizeram com
que os hábitos de consumo do meio também evoluíssem.
De acordo com Tamashiro e Rodrigues, as rádios locais
passaram a ser consumidas em qualquer lugar do mundo, por diversos
devices. As novas metodologias e critérios desenvolvidos a partir da
parceria entre o Grupo de Mídia, IBOPE Media e as emissoras de rádio
têm como objetivo entender de forma mais assertiva o consumo deste
meio que transita pelo tradicional e o que há de mais moderno.
O rádio sempre apresentou rápida adaptação às novas
tendências e hábitos de consumo. Desta maneira, as audiências do meio
em novos locais e momentos ganham muita importância. Por esse motivo, o
IBOPE Media passa a reportar os resultados deste consumo não só nos
ambientes casa, carro e outros, mas também no trabalho e trajeto da
população.
Os primeiros resultados apontam que os horários de maior
alcance diário em autos são às 8h e às 15h. Já no trabalho, o rádio
tem o maior alcance diário logo pela manhã, às 7h, e no começo da
noite, às 18h. Em outros lugares (como consultório, lojas,
restaurantes etc), o meio tem maior alcance às 10h e 14h.
Com informações do site Administradores