Malásia - Uma aeronave de busca localizou neste domingo (9) nas águas do sul
do Vietnã fragmentos que supostamente seriam do voo MH370 da Malaysia
Airlines, que desapareceu neste sábado (8) com 239 pessoas a bordo.
Os destroços seriam um componente da porta interior e um pedaço da
cauda, informou o Ministério de Informação e Comunicação do Vietnã em
seu site. "Um avião vietnamita disse ter avistado dois objetos, que
parecem pertencer a um avião" ao longo do ilha de Tho Chu, indicou uma
autoridade vietnamita.
Conforme o comunicado, a aeronave não
conseguiu pousar perto dos objetos para investigá-los melhor devido à
falta de iluminação, mas seguirá com o processo de identificação na
manhã desta segunda-feira (10).
Os fragmentos foram encontrados flutuando cerca de 80 km ao sul da
ilha de Tho Chu. O voo MH370 sumiu do radar nas primeiras horas do
sábado. Desde então, navios e aviões de resgate vinham vasculhando as
águas, sem sucesso.
Mais cedo, o Vietnã disse que uma aeronave
cingapuriana encontrou um objeto amarelo flutuando no sul de Tho Chu e
despachou navios ao local. O governo de Cingapura se recusou a comentar.
Mudança de rota
As equipes de resgate decidiram ampliar a
área de busca pelo avião da Malaysia Airlines que está desaparecido há
quase 48 horas. O radar do Exército da Malásia verificou que o voo MH370
pode ter alterado sua rota pouco antes da torre de comando perder o
contato com o avião. "Analisamos os registros do radar e percebemos que
há uma possibilidade do avião ter invertido sua rota", declarou o chefe
da Aeronáutica malaia, Rodzali Daud.
O chefe da aviação civil da Malásia, Azharuddin Abdul Rahman, disse
em uma coletiva de imprensa em Kuala Lumpur que a área de pesquisa foi
ampliada, para incluir a costa oeste da Malásia.
Rodzali Daud
disse que a investigação se concentra agora em uma gravação dos sinais
de radar que mostraram que há uma "possibilidade" de a aeronave ter
desviado de sua rota de voo.
Passaportes
Pelo menos três dos 239 passageiros do voo embarcaram com passaportes falsos.
Um deles pertencia ao italiano Luigi Maraldi e o outro ao austríaco
Christan Kozel, que tiveram seus documentos roubados na Tailândia nos
últimos dois anos.
O austríaco e o italiano foram indagados pelo
serviço de segurança da Malásia para prestar esclarecimentos. Também
foi identificado que um dos passageiros embarcou com um passaporte que
possui o mesmo número, mas com nomes diferentes, de um cidadão chinês
que vive em Fujian, no oeste da China.
O legítimo dono do
documento afirma que nunca perdeu seu passaporte e foi verificado que
ele nunca denunciou nenhum furto. O ministro dos Transportes da Malásia,
Seri Hishammuddin, afirmou que quatro passageiros possuem identidades
suspeitas, entre eles os que embarcaram com os passaportes roubados.
As autoridades malaias estão trabalhando em conjunto com o FBI na
hipótese do desaparecimento ser um ato terrorista. Os passageiros que
embarcaram com os passaportes roubados estavam de posse de bilhetes com
numerações consecutivas, que haviam sido adquiridos em 6 de março, um
dia antes da partida do avião do aeroporto de Kuala Lampur.
(Com Estadão
Conteúdo e agências internacionais)
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