Crimeia - O ministro da Defesa ucraniano, Igor Teniuj, assegurou hoje (9) que
não pretende enviar tropas para a república autônoma ucraniana da
Crimeia, território que está, na prática, sob domínio de forças
pró-russas. “Não estava, nem está previsto qualquer movimento ou
destacamento das forças armadas [ucranianas] para a Crimeia”, disse,
segundo a agência russa Interfax.
O ministro informou que o exército ucraniano realiza manobras de
rotina para verificar a sua capacidade de combate, e podem ocorrer
movimentações de algumas unidades em áreas destinadas ao exercício de
tiro e manobras da artilharia.
Cresceu o número de denúncias sobre a ocupação de instalações
militares e de postos fronteiriços da Crimeia por indivíduos armados,
mas sem identificação, supostamente membros do exército russo.
Um grupo de autodefesa da Crimeia colocou minas em uma barragem
localizada na zona norte da república autônoma, informou o chefe do
centro de investigações políticas e militares da Ucrânia, Dmitri
Timchuk.
O ministro denunciou também que as patrulhas de autodefesa
pró-russas, que ocuparam a estação ferroviária da capital da Crimeia
(Simferopol), estão registrando todos os passageiros procedentes de
outras regiões ucranianas.
Mais de 30 caminhões militares sem matrícula de identificação e um
carro de transporte blindado entraram em território ucraniano, a partir
da vizinha Rússia, pela fronteira marítima do estreito de Kerch,
indicaram os serviços fronteiriços ucranianos.
As autoridades da Crimeia não reconhecem o novo governo de Kiev e
defendem o regresso de Viktor Ianukóvitch ao poder. Ele foi destituído
em fevereiro e está refugiado na Rússia. Na quinta-feira passada o
parlamento autônomo da Crimeia anunciou um referendo sobre uma união da
península à Rússia.
BNC Mundo