21 de março de 2014

Presos entram em CDP após intervenção de polícias



 Por Bruno Saia

São Paulo - O delegado-titular da Delegacia Seccional de Presidente Venceslau, Mauro Shiguetoshi Chiyoda, ficou à frente da negociação com os grevistas. “Temos uma determinação judicial, a qual diz que precisamos entrar com alguns presos nessa unidade e queremos resolver isso da melhor maneira possível”, afirmou o delegado durante a negociação. “Só queremos que o governo dialogue com a categoria”, rebateu o agente de segurança penitenciária (ASP), Luis da Silva Filho, antes da invasão dos policiais à unidade. O prefeito de Venceslau, Jorge Duran Gonçalez (PDT), também esteve presente no local na tentativa de apaziguar os ânimos.

Superlotação

A greve dos agentes penitenciários já dura 11 dias e, além do reajuste salarial, a principal reivindicação dos agentes penitenciários é em relação às “más condições de trabalho” nos presídios, principalmente por conta da superlotação das unidades. “Neste momento nós temos aproximadamente 1,2 mil presos nesta unidade, que tem capacidade para pouco mais de 700”, disse Silva Filho. De acordo com os agentes, 22 funcionários cuidavam ontem do CPD, o que representa pouco mais de 50 presos para cada funcionário. “O culpado dessa situação não somos nós e nem vocês [policiais] e sim o governo, que permitiu que isso chegasse a esse ponto”, afirmou o agente durante a negociação. 

O delegado-titular da Delegacia Seccional de Presidente Venceslau, Mauro Shiguetoshi Chiyoda, ficou à frente da negociação com os grevistas. “Temos uma determinação judicial, a qual diz que precisamos entrar com alguns presos nessa unidade e queremos resolver isso da melhor maneira possível”, afirmou o delegado durante a negociação. “Só queremos que o governo dialogue com a categoria”, rebateu o agente de segurança penitenciária (ASP), Luis da Silva Filho, antes da invasão dos policiais à unidade. O prefeito de Venceslau, Jorge Duran Gonçalez (PDT), também esteve presente no local na tentativa de apaziguar os ânimos.

Portão arrombado

Os manifestantes resistiram à pressão dos policiais se deitando no chão e rezando em frente à entrada do CDP, mas acabaram cedendo às ameaças de prisão e de demissão feitas pelo delegado e abriram caminho para o comboio de PMs e do GOE, que levou os presos para o interior da unidade. Porém, a entrada só foi possível após o arrombamento do cadeado do portão principal e de mais uma série de negociações para que o portão interno, que leva às celas, fosse aberto. Em voz alta, os agentes rezavam, como uma espécie de grito-de-guerra. “Essa reação só mostra um governo truculento que não é capaz de dialogar”, disse o representante dos agentes penitenciários.

No interior do CDP, a chave foi entregue pelos agentes ao diretor da unidade, Antonio Carlos Vendramel, que se responsabilizou pela entrada dos detentos sob escolta dos policiais militares. Os sindicalistas alertavam para o risco de uma reação dos presos no caso da entrada da PM, mas isso não se confirmou após a operação. “O que houve foi uma operação bem sucedida na entrega destes sentenciados, no cumprimento de uma ação judicial”, afirma o tenente coronel Marcelo Antonio Monteiro, que comandou a ação da polícia.

BNC Brasil

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