6 de abril de 2014

50 anos do golpe de 1964: Manoel da Conceição e Maria Aragão são homenageados pela Assembleia dot 50 anos do golpe de 1964: Manoel da Conceição e Maria Aragão são homenageados pela Assembleia

São Luis - A Assembleia Legislativa homenageou na quinta-feira os homens e as mulheres maranhenses que foram censurados, torturados, exilados e mortos durante a Ditadura Militar, nas figuras do líder camponês Manoel da Conceição e da médica comunista Maria José Aragão (in memorian).

A homenagem, proposta pelo deputado estadual Bira do Pindaré (PSB), teve e a participação de Vagner Baldez, representando o instituto Maria Aragão; a ex-deputada estadual Helena Barros Heluy; Eurico Fernandes da Associação de Saúde da Periferia e Manoel da Conceição – maior líder camponês da história do Maranhão.

O parlamentar lembrou que resquícios do período sangrento ainda estão vivos na sociedade brasileira. Citou a Lei da Anistia, a militarização da Polícia e o maior malefício que o golpe militar deixou para o Brasil, segundo ele: a Oligarquia Sarney.

“A maior e mais longeva oligarquia do Brasil é a do Maranhão e ela é filha da Ditadura Militar. Causa-me espanto as ideias reacionárias que voltam na sociedade, a marcha da família com Deus foi um prenúncio do Golpe em 64 e se repetiu há poucos dias. A Ditadura Militar não resolveu e não resolverá os problemas do Brasil”, destacou Bira.

Vagner Baldez afirmou que se a médica comunista estivesse viva ela estaria triste com a frase que está colocada em uma das paredes do plenário da Assembleia, de suposta autoria de José Sarney: “Não há democracia sem parlamento livre”. No entendimento dele, Sarney é um oligarca, filho da Ditadura Militar e não é digno de tal frase.

Para Manoel da Conceição, a solenidade tem sua importância para a permanente luta dos trabalhadores pelos direitos e contra a perseguição dos poderosos. “Queremos a liberdade fraterna e solidária para todos. Não podemos parar de lutar pelos direitos dos trabalhadores e espaços assim são importantes para animar nossa jornada”, destacou.

Eurico Fernandes e a ex-deputada Helena Barros Heluy lembraram outras pessoas vítimas da Ditadura Militar e ressaltaram que a luta contra a fome, a miséria, o analfabetismo e pela reforma agrária continua.

A Ex-deputada também apelou para que a Assembleia Legislativa exija da Câmara Municipal de São Luís a devolução do mandato do então vereador José Maria Machado Santos, cassado pela Ditadura Militar.

BNC Parlamento Estadual

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