Piquiá - A situação temerária enfrentada
pela comunidade do povoado Piquiá de Baixo em Açailândia foi pauta do discurso
do deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) na sessão plenária da Assembleia
Legislativa nesta quinta-feira (24).
As cinco siderúrgicas instaladas
nas proximidades do povoado sufocam a população local, tornando o ambiente
completamente impróprio para qualquer ser vivo. Os moradores comentam que Piquiá
é o único lugar do mundo que você vê o ar.
De acordo com o deputado
Bira, a comunidade luta há sete anos para ser remanejada para outra área, fato
que foi consolidado através de um Termo de Ajustamento de Conduta por
intermédio do Ministério Público com apoio de todas as instituições do governo
do Estado.
O deslocamento da comunidade
nunca foi concretizado, por conta de um terreno, cuja indenização, nunca foi
paga. O Sindicato das Siderúrgicas tem até o dia 30 de abril para realizar o
pagamento da indenização, garantindo a regularização do terreno para que a
comunidade possa ter oportunidade de morar num lugar decente.
Ao lado do Movimento Justiça
nos Trilhos, o deputado Bira luta pela resolução da problemática e desde o
começo do atual mandato o parlamentar cobra do Sindicato das Empresas
Siderúrgicas no Maranhão o cumprimento de sua parte em relação ao acordo.
“Mais uma pessoa morreu na
comunidade, a senhora Deusivania faleceu, no Piquiá de Baixo, por doença pulmonar,
é assim que as pessoas morrem lá, quase todo dia alguém morre por doença
pulmonar, então não é possível que o maranhense fique só com a escória dessas
siderúrgicas”, protestou Bira.
O parlamentar questionou
também a promessa de redenção socioeconômica que o Governo do Maranhão
esbravejou há quase 30 anos para a população, quando afirmou que os Grandes
projetos chegariam ao estado. O socialista destacou a demissão de 500 funcionários
da ALUMAR e a exclusão de trabalhadores maranhenses na construção pesada.
“O projeto grande Carajás
está fazendo 30 anos, que é todo esse complexo que envolve a ferrovia, portos,
siderúrgica vinculada à exploração do minério lá na Serra de Carajás, no Pará. O
Porto, a Vale e a Alumar estão trazendo trabalhadores de fora e para completar
está aqui o Piquiá de Baixo, ficando com a escória de todo esse complexo”,
criticou.
BNC Parlamento Estadual