São Luis - Membros do Conselho Municipal de Meio de Ambiente
(Comuma) aprovaram em reunião no auditório da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente (Semmam), esta semana, a criação de outras três Unidades de
Conservação (UCs) em São Luís. A primeira a ser criada será a UC do Rio das
Bicas, na bacia do Bacanga, seguida da UC do Parque das Dunas, na região da Praia
de São Marcos, e da UC da Bacia do Rio Anil.
Com a criação de mais Unidades de Conservação, a
Prefeitura de São Luís reforça o conceito de sustentabilidade, a partir da
preservação dos recursos naturais, defendida pela gestão do prefeito Edivaldo
Holanda Júnior. Segundo o coordenador de recursos ambientais da Semmam, Luís
Jorge Dias, o Rio das Bicas, apesar de possuir uma bacia pequena, foi historicamente
um curso d’ água importante para o processo de ocupação e de abastecimento das
áreas periféricas de São Luís, entre as décadas de 50 e 70. “Ele também foi
canalizado sob galerias, contribuindo para ida de moradores para as adjacências
da região onde está localizado”, relatou Luís Jorge.
Em função da importância ambiental do Rio das Bicas, a
Prefeitura vai priorizar a implantação efetiva da UC naquela localidade. “Não
há nenhum rio que contribua com a laguna do Bacanga como o Rio das Bicas. Como
a área de confluência dos dois cursos d’água é rica em manguezais, foi criado o
Parque Municipal do Rio das Bicas no ano 2000. Agora, temos que focar nas ações
voltadas também para a foz do rio, trabalhando em consonância com o Comuma”,
ratificou o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Rodrigo Maia, que também
preside o Comuma.
Na região, um conjunto de obras está sendo desenvolvido
pela Prefeitura de São Luís: o Programa de Recuperação Ambiental e Melhoria da
Qualidade de Vida da Bacia do Bacanga. O programa, financiado pelo Banco
Mundial, pela Prefeitura e pelo Ministério das Cidades, prevê ações
urbanísticas, habitacionais, paisagísticas, de macro e de micro drenagem, e de
pavimentação.
DEMAIS UCs
O Comuma também propôs a criação das Unidades de
Conservação do Parque das Dunas, na orla da praia de São Marcos, que é área de
preservação permanente. “A especulação imobiliária em São Luís está promovendo
um avanço sobre as dunas da capital. Para evitar a extinção desse ecossistema,
extremamente sensível à ação humana, o Conselho deliberou por incluir áreas de
praia, que sejam de responsabilidade da Prefeitura, nos projetos de proteção”,
informou o secretário Rodrigo Maia.
Na ocasião, a criação da Unidade de Conservação da
nascente da bacia do Rio Anil também foi definida. “Por ser genuinamente
ludovicense, nascendo e se mantendo no âmbito do município, a Prefeitura
reconhece a importância de sua recuperação e conservação”, justificou Maia.
No ano passado, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior
decretou a criação das duas primeiras UCs da cidade, uma no Parque do Bom
Menino e outra, no Diamante. Dentre as vantagens da implantação de Unidades de
Conservação estão o apoio aos serviços urbanos e de infraestrutura e a
possibilidade de proporcionar atividades ao ar livre. O auxílio na dispersão da
poluição, o controle da temperatura e o reforço a valores estéticos e
simbólicos também compõem o cenário positivo acarretado a partir da criação das
Unidades de Conservação em São Luís.
BNC Cidade