3 de abril de 2014

Deu no Robert Lobato: Vereador Roberto Rocha Júnior critica secretário por dificultar construção de escola

Ver. Roberto Júnior não está nada satisfeito com o secretário Geraldo Castro.


Com a palavra, o vereador Roberto Rocha Júnior (PSB). Volta em seguida.

“Desde o início do meu mandato venho trabalhando nesse processo que já foi, inclusive, aprovado por todas as outras secretarias responsáveis. Em dezembro de 2013, o secretário Geraldo Castro, a pedido da empresa Dimensão Engenharia, arquivou um processo que nem sequer era da competência dele”.

“O processo é para desapropriação do terreno, portanto, jamais poderia ser decidido apenas pelo secretário que pôs um assessor jurídico da SEMED para dar um parecer completamente inconsistente e inviável, alegando Irresponsabilidade quanto à Lei de Responsabilidade Fiscal”.

“Um ano para conseguir o terreno e um ano para executar a obra. Isso significa que São Luís pode perder doze salas de aulas, uma quadra poliesportiva e dez mil metros quadrados de unidade básica escolar”.

“Eu preciso esclarecer esse caso, pois a comunidade está me cobrando diariamente. Estão, inclusive, ameaçando fazer um protesto em frente a minha casa, caso não cumpra a promessa que fiz juntamente com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior, que é de construir a escola para a região. Eu sei que devo satisfação a essas pessoas, pois sei que elas depositaram e continuam depositando confiança em mim. O que vou falar para aqueles pais que convivem comigo, que jogam futebol e que tomam café na minha casa? O que vou dizer para essas mães de família que depositaram o futuro de seus filhos em minhas mãos? Eu não posso simplesmente ficar de braços cruzados sabendo que um processo desses foi arquivado. Portanto, eu afirmo que lutarei até o fim para não deixar que centenas de crianças fiquem prejudicadas. Afirmo ainda que vou defender com todas as forças o sonho daqueles pais que desejam ver seus filhos estudando em uma escola digna e de qualidade”.

Comigo novamente

Geraldo Castro: antes uma “unanimidade”, agora é alvo de críticas pela base governista.
As declarações do vereador socialista não foram feitas da tribuna da Câmara da Municipal de São Luis, já que a augusta casa parlamentar municipal encontra-se sitiada por um punhado de policiais militares que não têm o que fazer.
Roberto Rocha Júnior usou a sua própria “tribuna eletrônica”, a Rádio Capital AM 1180, para cobrar duramente o até então secretário mais festejado e elogiado do governo Edivaldo Holanda Júnior, o professor Geraldo Castro, comandante da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Durante uma entrevista que concedeu à radio na última terça-feira (1), o vereador foi questionamento por um ouvinte e morador do bairro Vicente Fialho a respeito da construção de uma escola e uma quadra poliesportiva que ele, juntamente com o prefeito, prometeram construir, mas, segundo o ouvinte, nunca saiu do papel.

Foi então que edil governista, um dos principais aliados do prefeito, desceu a lenha em Geraldo Castro responsabilizado-o pelo fato da escola e da quadra poliesportiva ainda não terem sido construída.

Roberto Júnior esclareceu ainda, que para que as obras sejam iniciadas é preciso que haja a desapropriação de um terreno que pertence à empresa Dimensão Engenharia, localizado entre a Rua do Aririzal e a Rua Luiz Rocha.

PARECER CONTRÁRIO DO SECRETÁRIO
Segundo o Parlamentar, no dia 16 de abril de 2013, ele fez essa solicitação à Prefeitura de São Luís por meio do requerimento 269/2013, que prontamente foi aprovado pela Câmara, porém, a desapropriação ainda não aconteceu porque o Secretario de Educação (SEMED), Geraldo Castro, autorizou o chefe da Assessoria Jurídica da SEMEDa emitir parecer desfavorável à desapropriação do terreno, e ainda determinou o arquivamento dos autos.

O vereador também acusa o secretário de ter violado o artigo 93 da Lei Orgânica Municipal que diz que somente o prefeito tem competência para decidir sobre processos dessa natureza., e que a Lei Orçamentária Anual de 2014, já reservava no orçamento da SEMED, o valor de 1.000.000,00 (um milhão de reais) para aquisição e desapropriação de imóveis e para construção e reformas de prédios públicos.

Disse ainda que se até 2014 a prefeitura não obtiver o terreno, o município perderá a escola, pois o prazo que é de dois anos, já está se esgotando.

Não custa lembrar que o secretário Geraldo Castro é um ilustre quadro do PCdoB, partido do pré-candidato a governador Flávio Dino, que diz apoiar incondicionalmente o pré-candidato a senador Roberto Rocha (PSB), pai do atuante e aguerrido vereador passado para trás por Castro.

Blog do Robert Lobato entrou em contato com a Assessoria do Parlamentar para entender como começou todo esse entreveiro entre o vereador Roberto Júnior e a Semed, no que a mesma encaminhou gentilmente o seguinte relato. Confira.

Caro Robert Lobato,
No dia 16 de abril de 2013, o vereador Roberto Rocha Júnior (PSB) teve aprovado pela Câmara Municipal, o requerimento 269/2013, de sua autoria, solicitando a desapropriação de um terreno de propriedade da empresa Dimensão Engenharia, que fica localizado entre a Rua do Aririzal e a Rua Deputado Luiz Rocha, no bairro Vicente Fialho. O objetivo com essa desapropriação é a construção de uma escola, com uma quadra poliesportiva para suprir a grande demanda de crianças que precisam estudar, não só nesse bairro, mas em outroscircunvizinhos como Vila União, Vila Jiboia, Cantinho do Céu, Cohama, Turú, Parque Athenas, entre outros.

De acordo com o Relatório do Processo 010- 505/2013, “após aprovado pela Câmara Municipal, o requerimento foi encaminhado à Secretaria de Governo (SEMGOV), por meio do processo nº 010-505/2013. O processo foi aprovado pela SEMGOV, que o encaminhou à Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (SEMURH), que realizou a avaliação do terreno e, depois de aprovado, o encaminhou no dia 24 de maio de 2013, à Secretaria de Educação (SEMED)”.

A SEMED, por sua vez, elaborou um parecer técnico que constatou que aquela região carece urgentemente de mais uma escola, visto que as que existem, já não conseguem mais atender a grande demanda de alunos que precisam estudar. Na época, o então secretário, Alan Kardec Duailib Barros Filho, pautado no artigo 53, no inciso V, do Estatuto da Criança e do Adolescente,que diz que “toda criança tem o direito de ter acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência”, encaminhou por meio do ofício nº 445/2013, no dia 09 de julho de 2013, os autos ao gabinete do prefeito para que este assinasse o Ato Declaratório de utilidade Pública do terreno.

No dia 26 de setembro de 2013, após ter tramitado pela SEMGOV e SEMAP, os autos chegaram à Procuradoria Geral do Município para analisar a viabilidade jurídica do requerimento que pede pela desapropriação do terreno. A Procuradoria, por sua vez, sugeriu a remessa dos autos à SEMURH para ter a certeza que o imóvel sugerido nos autos é o que melhor atende à finalidade. Os autos foram enviados também à SEMED para informar se havia dotação orçamentária para indenização decorrente de desapropriação, bem como para juntar o comprovante de titularidade do imóvel.

Na época, o então secretário da SEMURH, Antonio Araújo Costa, informou no dia 21-10-2013, que “no que se refere aos índices urbanísticos, de uso e ocupação do solo, a SEMURH não vislumbra quaisquer óbices para a referida implantação”. Seguindo então orientação da PGM, encaminhou os autos à SEMED.

Após 08 meses de instaurado, a empresa Dimensão Engenharia pediu que o secretário Geraldo Castro emitisse parecer desfavorável à desapropriação do imóvel. A empresa alega que o imóvel está cumprindo sua função social, visto que no local serão construídas mais de 720 unidades residenciais.

O secretário de Educação Geraldo Castro, não somente atendeu ao pedido autorizando o chefe da assessoria jurídica a emitir o parecer desfavorável à desapropriação do terreno, como determinou o arquivamento dos autos. Como justificativa para o ato, ele mencionou no despacho de arquivamento “risco de embaraçamento do terreno com danos ao recurso”.

Em entrevista no final da tarde de ontem (01), o vereador Roberto Rocha Júnior (PSB) esclareceu que a Lei Orçamentária Anual de 2014, já reservava no orçamento da SEMED, o valor de 1.000.000,00 (um milhão de reais) para aquisição e desapropriação de imóveis e para construção e reformas de prédios públicos.

Dessa forma, segundo o vereador, o secretário de Educação não tem competência para arquivar o processo, sendo que o mesmo surgiu na Secretaria de Governo. Além disso, segundo o vereador, com tal medida de arquivamento do processo, oriundo de outro órgão, o secretário de Educação Geraldo Castro, violou o que dispõe o artigo 93 da Lei Orgânica do Município que diz que “a competência para decidir sobre processos dessa natureza é privativa do prefeito”.

Requerimento

Requerimento 269/2013 aprovado pela Câmara de Vereadores.
Pois é isso. Espera-se que a paz volte a reinar entre as partes.
Os nossos jovens estudantes agradecem.
Roberto Júnior disse que já solicitou a cópia do processo cinco vezes, quatro vezes verbalmente e uma vez oficialmente por meio de ofício (ofício 0020/2014), e todas foram negadas. Disse ainda que se até 2014 a prefeitura não obtiver o terreno, o município perderá a escola

O requerimento foi aprovado pela Câmara de vereadores e encaminhado à Secretaria de Governo (SEMGOV) para fazer a análise de viabilidade técnica para a desapropriação.

BNC Parlamento EStadual

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