5 de abril de 2014

Um infame das sombras se manifesta



Por Luana

São Luis - Um dos infames do governo das sombras se manifesta. É o senhor Aluísio Mendes, que rompeu o seu silêncio sepulcral depois de ter sido desmoralizado por sua rainha, quando esta lhe tirou todos os poderes sobre a Polícia Militar em virtude dos ataques do Bonde dos 40, entregando-os a um Coronel PM, seu arqui-inimigo. Mas quem é Aluísio Mendes, esse que intitulou os policiais militares grevistas, de “criminosos”?

Aluísio é o atual Secretário de Segurança Pública do Maranhão, pois a rainha entendeu há alguns anos que entre os profissionais de segurança do estado não haveria nenhum de competência suficiente para comandar policiais militares e civis. Já há algum tempo vinha entregando essa pasta a federais, nobres da polícia brasileira, com seus altos salários, engordados por polpudas diárias, fartura de equipamentos e subordinados ao Ministério da Justiça, o que lhes dá maior autonomia, para comandar policiais estaduais maltrapilhos, mal pagos e desequipados, fórmula perfeita para a insatisfação dos profissionais.

 À exceção, é claro da Polícia Civil, pois, por uma questão de afinidade, já que as duas são judiciárias em esferas diferentes, mas principalmente de estratégia, a fim de calar o sindicato que não engolia os federais e poderia obstar suas intenções, estes buscaram privilegiar a policia paisana. Bem, se alguém é deveras privilegiado, alguém tem que ser prejudicado e sobrou para a PM, pois como já expomos e sabemos, o regulamento intransigente é o melhor aliado dos déspotas maranhenses, pois que a impede de fazer greves. A maior demonstração de competência desses federais, um deles estrangeiro em nosso estado, mas “policiólogos” da maior estirpe, não era conhecer nossas peculiaridades, mas sim, favorecer a “famiglia” de informações privilegiadas sob operações federais que pudessem atingi-la, como a “Operação Boi Barrica”, em que ele antecipara as ações da Polícia Federal, prejudicando sensivelmente as investigações.

Bem, Aluísio não tem nenhuma qualidade que não a de fiel serviçal de Sarney. Aluísio é apenas um agente de Polícia Federal que praticamente nunca trabalhou na operacionalidade naquela Instituição. São várias as versões para a sua aproximação com os Sarney, todas giram em torno da grande amizade de seu pai com o “Capo” da Famiglia, pois aquele teria, em troca de um favor ou de muita bajulação, pedido ao chefe da Ditadura maranhense, que tomasse conta de seu filho, após a sua morte (muito nobre, não?).

Se o povo maranhense não tem nenhum zelo da parte de seu pretenso “pai” e “líder” (bem ditatorial), Aluísio foi muito beneficiado e protegido. Faço uma pequena defesa da mediocridade dos Coronéis agora. Em determinada instância, os Delegados de Polícia Civil, Bacharéis em Direito, também são vassalos do governo, pois se calaram ante o fato de serem comandados por um agente. Entretanto, sua servidão é bem melhor paga, pois seu salário inicial é bem maior que o de um Coronel com 30 anos de serviço.

Agora, porque Aluísio chama os policiais militares de criminosos? Talvez porque uma das características do criminoso é ser dissimulado e essa qualidade pertence a Aluísio. O Valete da Corte Sarneysista pretende candidatar-se a Deputado Federal, para sê-lo, estima-se que os gastos giram em torno de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais). Onde e como Aluízio conseguiu tal soma? Sabe-se que quando um funcionário de uma esfera está a serviço de outra, deve optar pela remuneração de uma das duas. Será ele o novo Robert Shiller, Prêmio Nobel da economia, que descobriu como armazenar tamanha quantia, ganhando apenas o salário de policial federal ou, beneficiemos a ele com a alternativa da mais valia, ganhando unicamente o salário de Secretário de Estado, mesmo tendo que arcar com as despesas de sua família?

Quem sabe devamos esclarecer o porquê do Secretário Aluísio ter tentado a todo custo e por muito tempo conseguido, manter no comando da Polícia Militar, um oficial apagado, obtuso, sem traquejo algum de administrador, mas servo leal e intransigente, o Coronel Franklin. Um homem dado a surtos de cólera, porém despreocupado com sua função de chefe de mais de cinco mil homens espalhados por um estado de dimensões continentais, que durante a explosão do primeiro movimento grevista da PM encontrava-se dando entrevista em uma rádio sobre o seu primeiro CD de toadas de Bumba-meu-Boi e quando do massacre de um PM em um Trailler policial, assistia ao jogo do Sampaio para depois entregar-se ao molejo do forró em algum clube de ambientação duvidosa, incidente que finalmente o derrubou. Um Comandante Geral que, se não teve desenvoltura durante toda a sua vida para administrar quartéis, dado ás suas limitações intelectuais.

Aluísio citará como prova de sua transparência o fato de ter saneado a Garagem da Secretaria de Segurança, de onde administra as duas polícias, mas que recebe viaturas apenas da Polícia Civil, colocando ali um Coronel reconhecidamente técnico e austero. Entretanto, esse é o grande disfarce, aparentar transparência em sua casa.

Então Aluísio Mendes, agente de polícia federal, recrutado num tempo em que estes não precisavam ter curso superior, cujo grande feito é ter colocado a seus pés homens com mais experiência em ações, portadores do 3º grau, porém mendigos de atitudes, pense duas vezes antes de chamar alguém de criminoso.

A primavera maranhense está chegando.

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