15 de maio de 2014

Eliziane Gama visita comunidade do Pequiá de Baixo em Açailândia

Acailândia - A presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputada estadual Eliziane Gama(PPS) realizou visitas durante toda a tarde desta terça-feira (13) à comunidade do Pequiá de Baixo e ao Entreposto de Minério da Vale do Rio do Doce, ambos localizados no município de Açailândia.

Há pelo menos sete anos a comunidade luta para o reassentamento das 380 famílias que residem no Pequiá de Baixo devido a convivência direta com altos índices de poluição provocadas pelas atividades de mineração e da siderurgia desenvolvidas por empresas siderúrgicas instaladas em volta das casas, por ocasião da construção da Estrada de Ferro de Carajás, em concessão à mineradora Vale.

Segundo relatos de moradores da região o problema se agravou ainda mais após o aparecimento de doenças respiratórias e de mortes causadas pela poluição e pelo abandono de dejetos incandescentes nas proximidades das casas.

“Tudo bem que a chegada da Estrada de Ferro tenha gerado desenvolvimento econômico para Açailândia, mas não podemos esquecer que vidas estão se acabando aqui no Pequiá com tanta poluição. A comunidade chegou antes, e, ainda assim, aceitou sair do local de origem com a condição de reassentamento, ou seja, a vale e as siderúrgicas continuam com os seus trabalhos e nós concordamos em viver em outro local, porém com saúde garantida”, explicou Joselba, integrante da Associação Comunitária dos Moradores do Pequiá.

Durante a visita, a deputada teve a oportunidade de visitar uma das famílias que possui o muro da casa colado com a mineradora, ficando assim expostos ao excesso de fumaça e de calor. Outro destino da visita foi à casa de uma criança de 9 anos que sofreu graves queimaduras nas pernas e nas mãos ao passar por um dos terrenos onde ocorre o processo de mineração.

“Esses dois casos não são únicos. Todos aqueles moradores que vivem em volta das siderúrgicas e da mineradora são prejudicados com doenças respiratórias. Eu vi de perto e saí estarrecida com a situação, casos que chegam a morte por conta de poluição. O remanejamento deve ser feito urgente com uma nova terra e livre dessas fumaças e restos de resíduos”, enfatizou Eliziane.

Segundo o advogado Danilo Chammas, representante da comunidade, a luta pelo reassentamento já conseguiu alguns avanços, como por exemplo, forçar, com a mediação do Ministério Público Estadual, as empresas siderúrgicas, o governo do Estado e o município de Açailândia a buscarem um acordo contra a poluição e a para uma solução definitiva do drama que estão sofrendo.

 BNC Parlamento Estadual

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