João Castelo |
Sobra
à evidência que os interesses pessoais do deputado Carlos Brandão se destacam
na criação de dificuldades para a concretização do que é o melhor projeto para
o PSDB e para a oposição neste momento: a candidatura do ex-prefeito João Castelo
ao Senado. Evidentes também são as dificuldades de Brandão de disputar a
reeleição de deputado federal. Por isso a insistência em não negociar, de modo
algum, a candidatura a vice-governador. Vai ser, a exemplo de Roberto Rocha, mais
um pendurado na densidade eleitoral do candidato Flávio Dino.
Com
essa chapa de “pendurados”, a oposição somente perde a oportunidade de aumentar
seu cacife eleitoral. Pois tem no PSDB a maior liderança da região tocantina, o
prefeito Sebastião Madeira e a maior liderança individual na grande ilha, o
ex-prefeito João Castelo, uma liderança incontestavelmente estadualizada.
O
PSDB entrou na coligação com três deputados federais, dois deputados estaduais
e inarredáveis dois minutos e meio de tempo na televisão. Não pode perder a
chance de se fortalecer como Partido. Abrir mão de todo esse lastro, de uma
candidatura ao Senado, passa a ser um erro estratégico e um ato de
autoflagelação política.
É,
entretanto, inquestionável o trabalho do deputado Carlos Brandão para vetar a
candidatura de Castelo e, consequentemente, contra o crescimento do Partido.
Mas é preciso lembrar que eleição se ganha com votos e não com vetos. E voto
quem tem no PSDB é Castelo, o que, afinal, restou demonstrado em pesquisas que
em alguns cenários o colocam na ordem de 50 % das intenções do eleitorado.
A
oposição não pode se manter míope a ponto de, mais uma vez, ficar sem um
Senador da República. Com essa chapa composta por “pendurados eleitorais” como Carlos
Brandão e Roberto Rocha, é só o que pode acontecer. Para Senador da República,
na oposição, Castelo é a opção escolhida pelo povo. Não tem nem o que
conversar. E, em se tratando de eleição, nunca é bom contrariar o povo.
BNC Artigo