Por TV Guará e blog Gilberto Lima
São Luis - O pai de Brunno Matos, morto no Bairro do Olho d’Água após a
comemoração pela eleição do senador Roberto Rocha foi contestada hoje.
Para Rubem Soares, o vigilante João Nascimento Gomes somente seria capaz
de cometer o crime se fosse um “super-homem”.
Entre outros pontos, ele criticou a
utilização de um vídeo na suposta conclusão do caso. “Ele é o super
homem. Ele consegue assassinar uma pessoa e, ao mesmo tempo, esfaquear
outra. Meu filho disse que ele ficou parado olhando o tempo todo. Se ele
se aproximou, já foi para tentar separar.”
As imagens, continua Rubem, são ruins e
não seriam capazes de identificar sequer a marca ou modelo de um carro.
“Agora veja o tamanho de um carro e de uma pessoa”, comparou.
A reportagem procurou a delegada-geral,
Cristina Meneses, e obteve dela a afirmação de que o vigilante teria
confessado o crime a pedido de sua família, que não o queria como
foragido.
As vítimas que sobreviveram ao ataque
apontaram Diego Polary como autor das facadas que mataram Brunno Matos e
feriram gravemente os jovens Alexandre, irmão do advogado, e Kelvin
Chiang. No entanto, após o depoimento de Alexandre, na manhã de ontem, o
delegado Márcio Dominici informou que havia surgido um fato novo. Para
surpresa de todos os que acompanham esse caso, eis o fato novo: o vigia
confessou a autoria dos crimes.
De acordo com o delegado Márcio Dominici,
o vigia João José Nascimento Gomes, em depoimento noite de
quarta-feira(15), admitiu ser o autor dos golpes de faca desferidos
contra as vítimas. Ele relatou que percebeu uma confusão e, ao tentar
intervir, acabou cometendo o crime. O vigilante alegou, segundo o
delegado, que tentou defender Carlos Humberto Marão, que estava sendo
agredido.
Na semana passada, Carlos Humberto
prestou depoimento e afirmou que entrou na festa por volta das 2h e saiu
às 5h. E, na saída, ele se irritou porque havia alguns carros na porta
da casa dele. Como havia bebido muito, perdeu o controle e acabou
deslocando os retrovisores dos veículos.
O crime ocorreu após uma festa de
comemoração pela eleição do senador Roberto Rocha, na madrugada de
segunda-feira (6), no bairro do Olho d’Água.
Apontado como um dos envolvidos no crime,
Diego Polay será indiciado, em razão dos depoimentos dos demais. O
inquérito foi concluído e será encaminhado ao Ministério Público.
Perguntas que não querem calar: Por que,
ao prestar depoimento, Diego Polary não disse quem havia cometido os
crimes? Por que o vigia passou tanto tempo para se apresentar e assumir a
autoria dos crimes? Em algum momento de seu depoimento, Carlos Marão
apontou o vigia como autor das facadas? Confirmando-se que o vigia seja o
autor das facadas, Marão e Diego serão indiciados como cúmplices? Não
seria necessária uma acareação entre vítimas que sobreviveram e os
acusados?
BNC Polícia