O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, convocou neste sábado uma entrevista coletiva para refutar acusações de que tenha autorizado a liberação de recursos adicionais para obras com suspeitas de graves irregularidades e assegurou que recebeu da presidente Dilma Rousseff a determinação para "afastar e até mesmo demitir" quem quer que seja, que tenha "conduta incompatível" a de um serrvidor público. Passos, que assumiu a vaga de Alfredo Nascimento (PR), disse que tem a obrigação de prestar esclarecimentos sobre qualquer denúncia que envolva o seu próprio nome. E não quis antecipar possíveis mudanças que devem ocorrer em outras direitorias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Passos disse que "nunca soube" das denúncias de suposta cobrança de propina por integrantes do Dnit ou do Ministério dos Transportes, onde exerceu a função de secretário-executivo durante o governo do ex-presidente Lula. Passos não quis sequer afirmar se o direitor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, será demitido depois das férias, que terminam no começo de agosto. Até agora, seis pessoas já foram afastadas do órgão ou do ministério. Dilma já deixou claro que não quer Pagot de volta.
- Tenho clara determinação da presidente da República no sentido de fazer ajustes, promover o afastamento e fazer até mesmo a demissão de quem quer que seja que tenha uma conduta que não seja compatível com a de um servidor público. É meu dever, minha obrigação, trazer aqui meus esclarecimentos sobre o que foi levantado. Atos por mim praticados - afirmou o ministro.
BNC Brasília