A imagem de arquivo exibe o presidente Ahmadinejad durante recepção popular na cidade de Shahrekord, no Irã
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, iniciou neste domingo sua viagem de cinco dias pela América Latina, onde visitará Venezuela, Nicarágua, Cuba e Equador, informa a agência de notícias oficial Irna.
Nesta viagem, que começará por Caracas, Ahmadinejad estará acompanhado pelos ministros Ali Akbar Salehi (Relações Exteriores), Mehdi Gazanfari (Comércio, Indústria e Minas), Majid Namjoo (Energia) e Seyed Shamsedin Hosseini (Economia).
O objetivo da viagem é fortalecer as relações internacionais do Irã com a América Latina e desenvolver a cooperação nos âmbitos políticos e econômicos com os quatro países de destino.
Antes de iniciar sua viagem, Ahmadinejad anunciou no aeroporto Mehrabad que as relações entre Irã e América Latina "são muito boas e estão em vias de desenvolvimento". "A cultura dos povos dessa região e suas reivindicações históricas são parecidas às do povo iraniano", declarou o líder à agência Irna.
"O povo da América Latina teve um pensamento anticolonial e agora se levantou e resiste frente aos excessos do regime de opressão", afirmou o presidente iraniano, numa clara referência aos Estados Unidos.
"O regime de dominação considerava a América Latina seu quintal e achava que podia fazer o que quisesse, mas hoje os povos se despertaram e atuam de forma independente", acrescentou.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, confirmou à imprensa na sexta-feira passada a visita de Ahmadinejad, apesar das tensões internacionais no Estreito de Ormuz após as manobras militares do Irã e a presença de navios americanos na região.
Ahmadinejad pretendia visitar a Venezuela em setembro passado, mas adiou a viagem devido aos problemas de saúde de Chávez. A oposição venezuelana critica a visita e adverte que ela representa o envolvimento de Caracas nas tensões do Golfo Pérsico.
Os Estados Unidos consideram a viagem latino-americana de Ahmadinejad como a busca "desesperada" de apoio de um regime "isolado". Ao transmitir essa mensagem à região, Washington alertou ainda sobre os riscos financeiros de negociar com o Irã, alvo de sanções internacionais.
BNC Mundo