A explosão de um carro-bomba na manhã desta sexta-feira (19) no centro
de Beirute, capital do Líbano, seria dirigido contra o chefe de
Inteligência da polícia libanesa, o general Wissam al-Hassan, que morreu
na ação, informaram fontes policiais às agências de notícias
internacionais.
"Eu só posso dizer que é verdade, ele está morto", afirmou uma autoridade não-identificada, que trabalhava com Al-Hassan.
A violenta explosão foi na hora do rush na cidade. Informações iniciais
apontam que oito pessoas foram mortas e mais de 70 ficaram feridas.
Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado. Este foi o maior ataque em
Beirute desde 2008.
A participação de Al-Hassan foi crucial na investigação que desvendou
os planos para um recente ataque a bomba que levou à prisão, em 9 de
agosto, do ex-ministro libanês Michel Samaha, partidário do regime sírio
de Bashar al-Assad.
Hassan tinha comandado as investigações nas quais Samaha foi acusado de
ter planejado assassinatos contra personalidades políticas e religiosas
no Líbano.
O principal responsável dos serviços secretos policiais, de 43 anos,
tinha chegado na noite de quinta (18) a Beirute vindo do exterior,
segundo a televisão local "LBC".
"Ele tinha levado sua esposa e seus filhos para Paris porque sabia que
era visado", disse Samir Geagea, um dos líderes da oposição. Ele ainda
acrescentou que o general havia acionado "medidas de segurança
excepcionais" para se proteger de eventuais ataques.
Estava previsto que Hassan sucedesse no próximo ano o atual chefe da Polícia libanesa, Ashraf Rifi, quando este se aposenta.
O general assassinado - próximo ao grupo opositor Futuro, de Saad
Hariri - estava no ponto de mira de grupos libaneses favoráveis à Síria
como o Hezbollah (xiita), que tinham pedido sua renúncia.
BNC Mundo