Além da previsão de mais investimentos devido à Copa e às eleições em
2014, medidas como a desoneração da folha de pagamento também devem
estimular o mercado de trabalho.
Para o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), que representa 37
grandes redes, que juntas representam cerca de 30% do comércio
varejista do Brasil, a desoneração da folha deve estimular a criação de
meio milhão de empregos no setor.
"O varejo é o maior empregador, responde por 23% a 25% de todo o emprego
brasileiro. Com a redução do custo de mão de obra, o setor deve
empregar ainda mais", diz Fernando de Castro, que ocupa o cargo de
presidente do IDV até que Flavio Rocha (da rede Riachuelo) assuma a
função, neste mês.
RITMO MAIS FRACO
Com o ganho real menor do salário mínimo (2,7%) e a perspectiva de
inflação mais alta em 2013, o crescimento do rendimento do trabalhador
deve desacelerar em relação ao do ano passado (2012).
Em 2012, o ganho real do salário mínimo (7,5%) e a inflação na casa de 5,5% ajudaram a preservar o poder de compra dos salários.
"A tendência é de um pouco mais de dificuldade nas negociações salariais
em 2013, porque a inflação média prevista é maior, deve ser de 6%, e o
aumento real menor (2,7%)", afirma Fábio Romão, economista da LCA.
DEMANDA POR SERVIÇOS
Com a previsão de avanço no rendimento em torno de 3%, a demanda por serviços em diferentes segmentos deve se manter elevada.
Maria Candida Baumer de Azevedo, consultora do setor de RH e professora
na Fundação Dom Cabral, explica que, além dos serviços relacionados a
educação, ramo financeiro e consumo, o envelhecimento da população
também é uma área que abre oportunidades de prestação de serviços.
"Executivos próximos à idade de aposentadoria, por exemplo, ainda com
disposição para trabalhar, precisam identificar e desenvolver uma nova
carreira. Atuar na preparação desses profissionais já é uma
oportunidade", diz a consultora, que criou um programa junto a
multinacionais chamado "Segundo Tempo".
BNC Mercado