4 de janeiro de 2013

Desoneração da folha de pagamento também vai estimular o mercado de trabalho

Além da previsão de mais investimentos devido à Copa e às eleições em 2014, medidas como a desoneração da folha de pagamento também devem estimular o mercado de trabalho.

Para o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), que representa 37 grandes redes, que juntas representam cerca de 30% do comércio varejista do Brasil, a desoneração da folha deve estimular a criação de meio milhão de empregos no setor. 

"O varejo é o maior empregador, responde por 23% a 25% de todo o emprego brasileiro. Com a redução do custo de mão de obra, o setor deve empregar ainda mais", diz Fernando de Castro, que ocupa o cargo de presidente do IDV até que Flavio Rocha (da rede Riachuelo) assuma a função, neste mês. 

RITMO MAIS FRACO
Com o ganho real menor do salário mínimo (2,7%) e a perspectiva de inflação mais alta em 2013, o crescimento do rendimento do trabalhador deve desacelerar em relação ao do ano passado (2012). 

Em 2012, o ganho real do salário mínimo (7,5%) e a inflação na casa de 5,5% ajudaram a preservar o poder de compra dos salários. 

"A tendência é de um pouco mais de dificuldade nas negociações salariais em 2013, porque a inflação média prevista é maior, deve ser de 6%, e o aumento real menor (2,7%)", afirma Fábio Romão, economista da LCA. 

DEMANDA POR SERVIÇOS
Com a previsão de avanço no rendimento em torno de 3%, a demanda por serviços em diferentes segmentos deve se manter elevada. 

Maria Candida Baumer de Azevedo, consultora do setor de RH e professora na Fundação Dom Cabral, explica que, além dos serviços relacionados a educação, ramo financeiro e consumo, o envelhecimento da população também é uma área que abre oportunidades de prestação de serviços. 

"Executivos próximos à idade de aposentadoria, por exemplo, ainda com disposição para trabalhar, precisam identificar e desenvolver uma nova carreira. Atuar na preparação desses profissionais já é uma oportunidade", diz a consultora, que criou um programa junto a multinacionais chamado "Segundo Tempo". 

BNC Mercado

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