Segundo o jornal "El País", o advogado Sergio Veronese denunciou às autoridades o "inferno" vivido pelo turista brasileiro e sua família em Punta del Este |
Um turista brasileiro denunciou que em
Punta del Este (Uruguai) existe uma "indústria da extorsão", depois que a
polícia o deteve após um acidente de trânsito e o obrigou a pagar US$
20 mil para ser liberado, informa neste sábado a imprensa local.
Segundo reportagem do jornal "El País", o advogado Sergio Veronese denunciou às autoridades do Consulado Geral do Uruguai, em Florianópolis (SC) o "inferno" vivido pelo turista brasileiro e sua família em Punta del Este, onde foi "massacrado, roubado, extorquido e destruído psicologicamente".
A história do turista, que segundo o cônsul uruguaio em Florianópolis Gerardo Vibrante tem "tom de seriedade", começou em 18 de dezembro, quando o carro que Veronese dirigia bateu em uma moto em uma estrada em Maldonado, o departamento uruguaio onde fica Punta del Este.
Segundo o boletim policial, o motorista da moto ficou gravemente ferido.
Em um primeiro momento, o turista denunciou que a polícia, apesar de a moto estar "sem luzes", o orientou a assumir a culpa do acidente porque seu carro possuía seguro e, segundo disseram, isso o "livraria rapidamente do problema".
Veronese aceitou e foi até a delegacia mais próxima apresentar seus documentos.
Lá, o brasileiro descobriu que não poderia sair do lugar até que a justiça deliberasse sobre a vítima e que precisaria esperar para ver "se alguém apresentava uma denúncia policial".
Aparentemente, um "suposto familiar" da vítima apresentou a denúncia contra ele e lhe informou que precisaria esperar um dia até que tivesse uma audiência com o juiz e que por isso ficaria detido e incomunicável para que não pudesse escapar do país.
"Não é necessário ser um gênio para imaginar o terror a que fui submetido. Durante a noite, o único contato que tive foi com policiais que me entregavam números de telefones de advogados no caso de eu precisar", relatou o brasileiro em sua denúncia.
No dia seguinte foi, Veronese foi levado até o juiz e lhe ofereceram um defensor público que, segundo ele, nunca apareceu.
No entanto, se apresentou um advogado que disse ter sido contratado por sua família e que lhe disse que a única solução era chegar a um acordo com a família da vítima ou ficar preso por tempo indeterminado até que um juiz tomasse uma decisão.
Esse advogado, além disso, entrou em contato com a família do turista para lhes dizer que tinha sido contratado por ele para negociar em seu nome com todos os poderes.
Assim, uma das condições apresentadas foi pagar US$ 10 mil à família da vítima do acidente e outros 10 mil para o suposto advogado.
Como não tinham o dinheiro, o brasileiro propôs deixar seu carro como garantia após uma longa negociação em um escritório judicial.
Finalmente, a polícia aceitou o trato e, após assinar um acordo, o turista foi liberado.
Ao chegar a seu hotel, Veronese se descobriu que sua mulher nunca havia entrado em contato com qualquer advogado uruguaio.
O turista disse que denunciará formalmente o caso perante ao Itamaraty e à Ordem dos Advogados do Brasil.
Segundo reportagem do jornal "El País", o advogado Sergio Veronese denunciou às autoridades do Consulado Geral do Uruguai, em Florianópolis (SC) o "inferno" vivido pelo turista brasileiro e sua família em Punta del Este, onde foi "massacrado, roubado, extorquido e destruído psicologicamente".
A história do turista, que segundo o cônsul uruguaio em Florianópolis Gerardo Vibrante tem "tom de seriedade", começou em 18 de dezembro, quando o carro que Veronese dirigia bateu em uma moto em uma estrada em Maldonado, o departamento uruguaio onde fica Punta del Este.
Segundo o boletim policial, o motorista da moto ficou gravemente ferido.
Em um primeiro momento, o turista denunciou que a polícia, apesar de a moto estar "sem luzes", o orientou a assumir a culpa do acidente porque seu carro possuía seguro e, segundo disseram, isso o "livraria rapidamente do problema".
Veronese aceitou e foi até a delegacia mais próxima apresentar seus documentos.
Lá, o brasileiro descobriu que não poderia sair do lugar até que a justiça deliberasse sobre a vítima e que precisaria esperar para ver "se alguém apresentava uma denúncia policial".
Aparentemente, um "suposto familiar" da vítima apresentou a denúncia contra ele e lhe informou que precisaria esperar um dia até que tivesse uma audiência com o juiz e que por isso ficaria detido e incomunicável para que não pudesse escapar do país.
"Não é necessário ser um gênio para imaginar o terror a que fui submetido. Durante a noite, o único contato que tive foi com policiais que me entregavam números de telefones de advogados no caso de eu precisar", relatou o brasileiro em sua denúncia.
No dia seguinte foi, Veronese foi levado até o juiz e lhe ofereceram um defensor público que, segundo ele, nunca apareceu.
No entanto, se apresentou um advogado que disse ter sido contratado por sua família e que lhe disse que a única solução era chegar a um acordo com a família da vítima ou ficar preso por tempo indeterminado até que um juiz tomasse uma decisão.
Esse advogado, além disso, entrou em contato com a família do turista para lhes dizer que tinha sido contratado por ele para negociar em seu nome com todos os poderes.
Assim, uma das condições apresentadas foi pagar US$ 10 mil à família da vítima do acidente e outros 10 mil para o suposto advogado.
Como não tinham o dinheiro, o brasileiro propôs deixar seu carro como garantia após uma longa negociação em um escritório judicial.
Finalmente, a polícia aceitou o trato e, após assinar um acordo, o turista foi liberado.
Ao chegar a seu hotel, Veronese se descobriu que sua mulher nunca havia entrado em contato com qualquer advogado uruguaio.
O turista disse que denunciará formalmente o caso perante ao Itamaraty e à Ordem dos Advogados do Brasil.
Fonte: Uol
BNC América Latina