Brasília - O governo central cumpriu
sua meta fiscal de 2013, com um superávit primário em torno de 75
bilhões de reais, disse nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, com base em dados preliminares divulgados na tentativa de
acalmar os mercados.
"Fizemos
um pouco a mais que 1,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em
superávit no governo central", disse o ministro em entrevista coletiva.
A
situação fiscal brasileira tem preocupado investidores e influenciado
os juros futuros, pela percepção de que os gastos públicos elevados
podem forçar o Banco Central a apertar ainda mais a política monetária
para conter a inflação.
Em dezembro apenas, o governo central teve
superávit primário (economia feita para o pagamento de juros da dívida
pública) de cerca de 14 bilhões de reais, recorde para o mês, disse
Mantega.
Os dados oficiais do superávit do governo central
--composto por Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central-- serão
divulgados apenas no fim do mês. Mantega disse que fez o anúncio
antecipado do resultado para acalmar os mercados. "Não seria bom manter
expectativa de analistas até o fim de janeiro... Isso vai acalmar os
'nervosinhos'", disse ele.
O ministro afirmou ainda que em
fevereiro irá anunciar o contingenciamento das despesas deste ano,
quando indicará qual será a meta fiscal a ser perseguida pelo governo
central em 2014. Ele ressaltou que o governo manterá o esforço de conter
os gastos públicos.
O cumprimento da meta do setor público
consolidado, segundo o ministro, depende do resultado dos Estados e
municípios, que será conhecido no fim deste mês.
(Por Leonardo Goy)
BNC Economia
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