São Luis - A precariedade do sistema
carcerário do Maranhão há muito vem sendo discutida pelos parlamentares de
oposição durante as sessões plenárias da Assembleia Legislativa. Como líder da
oposição, o deputado Rubens Jr. (PCdoB), tem cobrado um posicionamento
responsável da governadora Roseana Sarney e do secretário de segurança pública,
Aluísio Mendes, para evitar que novas mortes e fugas acontecessem nos prédios
que compõem o complexo penitenciário de Pedrinhas.
A violência no ano de 2013 bateu
todos os recordes negativos dentro e fora dos presídios. Segundo dados do
Jornal Pequeno, quase 1000 homicídios foram registrados na região metropolitana
de São Luís, um aumento de 37,3% em relação ao ano anterior. Destes, 59 no
interior de unidades prisionais.
Respaldado pela crescente onda de
crimes, Rubens Jr., usou a tribuna da Assembleia Legislativa em diversas
oportunidades para sugerir medidas que pudessem ajudar a resolver a situação. A
começar pelo reajuste da pasta de segurança pública, que, segundo Plano
Orçamentário Anual de 2014, sofreria um corte de quase R$ 7 milhões em relação
ao orçamento anterior. Após as fortes críticas recebidas pela população e por
parte da mídia maranhense, o governo recuou e autorizou o reajuste da pasta em
R$ 23 milhões.
Diante das proporções tomadas
pelos lamentáveis eventos ocorridos em pedrinhas durante todo o ano de 2013, o
parlamentar exigiu que a força nacional intervisse no sistema carcerário a fim
de evitar novas matanças e garantir a segurança dos cidadãos do lado de fora
dos presídios. Roseana Sarney decretou situação de emergência no sistema
carcerário e o ministério da justiça determinou o encaminhamento das tropas
nacionais ao Maranhão.
Em novembro, o líder da oposição
chegou a pedir que Aluísio entregasse o cargo e admitisse a falta de
qualificação para gerir a segurança do estado. O pedido, porém, ainda não foi
atendido, enquanto isso vidas continuam sendo ceifadas e a população segue
presa dentro de suas casas com medo de serem as próximas vítimas da violência
desenfreada que assola a capital ludoviscense.