São Luis - O Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), registrou na tarde desta quinta-feira (2) a segunda morte de presos em menos de 12 horas.
Superlotado, o complexo tem capacidade para 1.700 homens, mas abriga
2.500. Relatório do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) aponta Pedrinhas
como uma penitenciária violenta, que registra cenas como estupros de
mulheres de presos dentro das cadeias da cidade maranhense.
No segundo crime do dia, Sildener Pinheiro Martins, 19, foi assassinado a
chuçadas (ferido com instrumento pontiagudo) após briga entre presos,
segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária.
Ele estava no CDP (Centro de Detenção Provisória) do complexo de
Pedrinhas. Segundo o governo do Maranhão, o crime já está sendo
investigado pela Delegacia de Homicídios.
A secretaria diz que uma série de medidas está sendo desenvolvida para "devolver a normalidade ao sistema prisional" do Estado.
Apesar das medidas anunciadas pela gestão de Roseana Sarney (PMDB) no
Maranhão, o juiz Douglas Martins, do CNJ, concluiu em relatório que o
governo do Estado tem sido "incapaz" de coibir a violência nas unidades
de Pedrinhas.
O documento foi entregue ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, que preside o conselho.
BNC Polícia
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