Da Agência Brasil
Brasília – Ter uma correta higienização oral é fundamental para a
saúde. Escovar os dentes após as refeições – pelo menos três vezes ao
dia -, antes de dormir e utilizar o fio dental ajudam a prevenir doenças
nos dentes, língua e gengivas. Porém, muitas pessoas esquecem ou não
sabem como cuidar corretamente do principal objeto desse processo: a
escova.
O
cuidado com a escova de dentes é imprescindível. É comum deixá-la
exposta na pia do banheiro ou em ambientes úmidos, sem qualquer proteção
das cerdas. O problema é que, com esse costume, a pessoa pode levar à
boca uma quantidade considerável de bactérias. Quando não está protegida
adequadamente, as cerdas expostas acumulam microorganismos lançados no
ar, sendo alguns provenientes do vaso sanitário.
A lista de doenças causadas por bactérias acumuladas na escova é
grande. Periondotite, candidíase, gengivites, cáries e até diarreia. O
problema, aparentemente simples, pode agravar e causar doenças graves
cardiopatias e pneumonias.
Para tentar amenizar esse acúmulo, é aconselhável o uso de
protetores ou até mesmo guardá-las fora do banheiro. O
cirurgião-dentista, Marcelo Pimenta, orienta como se deve guardar a
escova. “Ela deve ser colocada em um recipiente fechado e a uma
distância de pelo menos dois metros do vaso sanitário. É importante,
também, deixar a tampa do vazo sanitário sempre abaixada na hora da
descarga e quando não estiver em uso”.
Mas tampar o recipiente ou mantê-la em armários fechados resolve o
problema apenas em parte. Isso porque ambientes abafados e úmidos podem
contribuir para a proliferação de bactérias ou até mesmo aquelas vindas
da própria boca.
“Muitas bactérias permanecem vivas nas cerdas da escova por até 24
horas. Por isso, é importante eliminar o excesso de água após o uso, mas
nunca utilizando toalhas para secá-la. Borrifar um antisséptico nas
cerdas ajuda também. O mais indicado é a clorexidina 0,12%, encontrada
em farmácias”, explica o dentista.
A vida útil da escova também é algo a ser levado em conta. Ainda de
acordo com o Marcelo Pimenta, a troca deve ser feita a cada quatro meses
e o tipo de escova varia do gosto pessoal do usuário.
BNC Saúde