São Luis - Teve inicio ontem, a
paralisação de advertência da Polícia Civil do Estado do Maranhão. Com exceção
dos delegados, paralisaram as atividades investigadores, escrivães, comissários,
operadores de rádio e motoristas policiais. Adesão foi feita pela maioria dos
policiais em vários municípios do Estado. De acordo com o vice-presidente do
SINPOL, Fabrício Severo Filho, 70% da categoria suspendeu as atividades,
conforme diz a lei, mantendo 30% de funcionamento. “Em são Luís funcionam os quatro
plantões centrais: REFFSA, Cidade Operária, Cohatrac e Vila Embratel. Todos em
regime de 24h para atender a sociedade nos casos de emergência, assim como nas
demais cidades que aderiram à paralisação”, informou.
Estão à frente do movimento paredista o SINPOL e a ASPECMA. Aderiu a causa a APOTEC - Associação
de Polícia Técnico Científica do Maranhão, abrangendo as categorias de Peritos
Criminais, Médicos Legistas,
Toxicologista e Farmacêutico Legista. “Necessitamos de melhor estrutura de
trabalho, como por exemplo, mais laboratórios criminalistas. Nossa estrutura
está pequena e não temos para onde crescer. Estamos lotados na UFMA, o que nos
desfavorece na logística de deslocamento para várias localidades”, destacou a
presidente da entidade, Kelly Veiga. Estão suspensos os agendamentos de perícia
e exames de legista. Apenas funcionam os atendimentos de emergência.
A concentração do momento está no Plantão Central da REFFSA.
Após essa primeira paralisação de advertência, já está programada uma nova
paralisação nos dias 24, 25 e 26 de setembro, bem como de 13 a 17 de outubro, conforme
decisão soberana da última Assembleia Geral de Trabalhadores Policiais Civis.
Caso não sejam atendidas as solicitações dos Policiais Civis, no dia 17 de
outubro será deliberada greve geral por tempo indeterminado.
Entre as principais pautas de reivindicação está o não
cumprimento do Estado da implantação da Gratificação de Dedicação Exclusiva,
cuja sentença transita em julgado. Além disso, são várias as dificuldades
enfrentadas pela categoria na capital e no interior do Estado, principalmente a
falta de estrutura das delegacias. O efetivo reduzido também tem se tornado um
problema cada vez mais evidente, contribuindo para a instauração do caos na
Segurança Pública do Estado.
BNC Cidade