14 de outubro de 2014

Contadora liga doleiro Youssef ao governo do Maranhão

Portal Terra – Suspeita de envolvimento no esquema desbaratado pela operação Lava Jato, a contadora Meire Bonfim da Silva Poza, ligou o doleiro Alberto Youssef ao governo do Maranhão em depoimento à Polícia Federal. De acordo com ela, a mando das construtoras UTC e Constran, Youssef negociou diretamente o pagamento de R$ 6 milhões em propina para que o governo maranhense antecipasse um pagamento de cerca de R$ 120 milhões que beneficiava as empresas. As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo.
A contadora disse que o precatório era o quinto na ordem de liberação, mas após a propina, a construtora “furou a fila” e o pagamento foi liberado parceladamente. O precatório se referia a um contrato na metade da década de 1980 para serviços de terraplanagem e pavimentação da BR-230. O valor se refere a 15% cobrado pelo doleiro.
Entre os envolvidos no esquema, Meire apontou um funcionário da Casa Civil, identificado como João Guilherme, a presidente do Instituto de Previdência do Maranhão, Maria da Graça Cutrim, o diretor financeiro do instituto, um assessor identificado pelo nome de Bringel, e uma procuradora do Estado. Para entregar os R$ 300 mil que “seriam parte do acordo”, a contadora contou que se reuniu com um funcionário do governo do Maranhão, Adarico Negromonte, irmão do deputado Mário Negromonte (PP-BA). O assessor teria dito que teria que consultar a governadora porque o valor “era pouco”.
“A respeito da referência feita em depoimento à Polícia Federal da senhora Meire Poza, sobre a afirmação do senhor Adarico Negromonte, pessoa a quem não conheço, só pode receber de minha parte indignação e repúdio pela maneira desrespeitosa e infame de tal hipótese”, afirmou em nota a governadora Roseana Sarney, salientando que o pagamento de forma parcelada permitiu alongar o perfil da dívida do Estado e se referiu a uma ação de indenização proposta por uma empreiteira julgada procedente pela Justiça do Maranhão em tribunais superiores.
BNC Brasília

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