A professora Ester Marques conduzuiu de forma democratica o plano de cultura. Do riscado ela entende. |
São Luis - Uma profusão de textos na blogosfera sediada no Maranhão faz
tempestade sobre a indicação da professora Ester Marques para a Secretaria de
Cultura no governo Flávio Dino (PCdoB).
A futura integrante da equipe comunista é atacada porque fez
campanha aberta para a reeleição do deputado estadual Roberto Costa (PMDB),
vinculado à oligarquia Sarney.
Segundo as críticas, Ester Marques é “sarneísta” e a escolha
dela não condiz com o projeto de mudança anunciado por Flávio Dino.
Em primeiro lugar, é importante destacar que Marques não
pediu para ser secretária. Ela foi convidada e indicada ao cargo pela deputada
federal eleita Eliziane Gama (PPS), que ainda não estava contemplada no
governo.
Em segundo lugar, a professora Ester não é filiada a
qualquer partido político, nem foi militante de “esquerda” ou “direita”, dois
conceitos muito vagos na maioria das legendas no Maranhão.
Portanto, não faz sentido cobrar fidelidade partidária ou
ideológica de uma profissional que nunca foi vinculada organicamente a um
grupo.
Uma coisa é cobrar e criticar um militante do PSTU ou do
PSOL por um apoio a Aécio Neves, por exemplo, configurando um desvio
ideológico.
É algo tão grave quanto o PT do Maranhão apoiar Roseana Sarney (PMDB).
Outra coisa é reivindicar o alinhamento e uma suposta fidelidade
de quem nunca foi filiado, dirigente ou militante de partido.
Ester Marques é competente e adequada à Secretaria de
Cultura. Esse é o ponto central.
Flávio Dino ganhou a eleição em uma
aliança ampla, reunindo todas as forças políticas para derrotar a
oligarquia, inclusive ex-integrantes do banquete de José Sarney (PMDB).
Nesse contexto, a formação do secretariado é heterogênea, incluindo a indicação da deputada Eliziane Gama (PPS).
No mais, se formos conferir e mapear os
sarneístas orgânicos e os transgênicos espalhados em todos os governos
do Maranhão, vai faltar papel e planilha do
excel.
Fonte: Blog do Ed Wilson
BNC Política