“Quem cometeu malfeitos, quem participou de atos de corrupção vai ter de responder por eles. Essa é a regra no Brasil”, enfatizou a presidenta. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR. |
Brasília - Em conversa com jornalistas, nesta sexta-feira (20), a presidenta Dilma Rousseff
reforçou, ao falar da Petrobras, que há no Brasil um processo de
investigação como nunca foi feito antes, cumprindo a regra de que se
responda pelos malfeitos cometidos.
“Quem cometeu malfeitos, quem
participou de atos de corrupção vai ter de responder por eles. Essa é a
regra no Brasil. Porque você veja, a gente olhando os dados que vocês
mesmos divulgam nos jornais: se em 96, 97 tivessem investigado e
tivessem, naquele momento, punido, nós não teríamos um caso desses, um
funcionário da Petrobras que ficou, durante mais de dez anos, mais de
vinte, quase vinte anos, praticando atos de corrupção”, afirmou Dilma após receber cartas credenciais de embaixadores estrangeiros.
“A impunidade – isso eu disse
durante toda minha campanha – ela leva água para o moinho da corrupção
então, hoje eu acho que um passo foi dado no Brasil. E é esse passo que
nós temos que olhar e valorizar”, enfatizou a presidenta.
Comparando o cenário atual com outros
períodos, Dilma também fez questão de frisar que hoje os órgãos
responsáveis pelas investigações têm liberdade de atuação, sem
ingerência política em contrário. Ela citou as atuações independentes do
Ministério Público e da Polícia Federal.
“Não tem ‘engavetador’ da República. Não tem controle sobre a Polícia Federal,
nós não nomeamos pessoas políticas para os cargos da Polícia Federal. E
isso significa que junto do Ministério Público e junto com a justiça,
todos os órgão do Judiciário, está havendo no Brasil um processo de
investigação como nunca foi feito antes. Não que antes não existia. É
que antes não tinha sido investigado e descoberto, porque quando você
investiga e descobre a raiz das questões, surge, e quando surge a raiz
das questões você impede que aquilo se repita e que seja continuado.”
A presidenta ainda esclareceu que é
necessário que se perceba a diferença entre as empresas e quem praticou
corrupção, para que se punam os culpados mas se preserve a geração de
empregos no País.
“Quem praticou malfeitos foram
funcionários da Petrobras, que vão ter de pagar por isso. (…) As
empresas, os donos das empresas ou os acionistas das empresas vão ser
investigados. Porque a empresa não é um ente que esteja desvinculado dos
seus acionistas. Nós iremos tratar as empresas tentando,
principalmente, considerar que é necessário criar emprego e gerar renda
no Brasil. Isso não significa, de maneira alguma, ser conivente ou
apoiar ou impedir qualquer investigação ou qualquer punição a quem quer
que seja, doa a quem doer”, declarou.
Fonte: Blog do Planalto
BNC Brasília