27 de março de 2015

Economia brasileira cresce 0,1% em 2014, diz IBGE

Brasília - A economia brasileira cresceu 0,3% no quarto trimestre do ano passado, em relação ao período anterior, de acordo com dados revistados da pesquisa Contas Nacionais Trimestrais, divulgada nesta sexta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, em relação a 2013, o Produto Interno Bruto do País (PIB) conseguiu avançar 0,1% em 2014, no pior ano da crise para o Brasil até agora. O crescimento foi impulsionado pelos setores de agropecuária e serviços. Em valores correntes (reais), a soma total dos bens e riquezas produzidas no País no ano passado totalizou R$ 5,52 trilhões.
A Agropecuária teve expansão de 1,8%, a Indústria manteve-se praticamente estável (-0,1%) e os Serviços cresceram 0,3%. 
 Na comparação com o quarto trimestre de 2013, o PIB variou - 0,2%, sendo que o valor adicionado a preços básicos variou -0,2%, e os impostos sobre produtos -0,6%. A Indústria recuou (-1,9%), enquanto os Serviços (0,4%) e a Agropecuária (1,2%) tiveram variação positiva. 
“A estabilidade do PIB [em 2014, em relação ao ano anterior] resultou da variação positiva de 0,2% do valor adicionado e do recuo nos impostos (-0,3%). Nessa comparação, a Agropecuária (0,4%) e os Serviços (0,7%) cresceram e a Indústria caiu (-1,2%)”, informou o IBGE. O PIB per capita ficou em R$ 27.229, com queda (- 0,7%), em volume, em relação a 2013. 
Dentre as atividades que compõem os Serviços, o comércio sofreu queda (-1,8%). Os demais serviços acumularam crescimento no ano de 2014, com destaque para serviços de informação (4,6%), atividades imobiliárias (3,3%) e transporte, armazenagem e correio (2,0%). Administração, saúde e educação públicacresceu 0,5%, seguida por intermediação financeira e seguros (0,4%) e outros serviços (0,1%). 
Massa salarial e crédito
A despesa de consumo das famílias desacelerou em relação ao ano anterior (quando havia crescido 2,9%) e cresceu 0,9%. Se, por um lado, a massa salarial dos trabalhadores cresceu, em termos reais, 4,1% entre 2013 e 2014, por outro o crédito com recursos livres para as pessoas físicas parou de crescer em termos reais. A despesa do consumo do governo cresceu 1,3%, mas desacelerou em relação a 2013 (2,2%).
No setor externo, tanto as exportações (-1,1%) quanto as importações (-1,0%) de bens e serviços tiveram queda. Entre as exportações, os destaques negativos foram a indústria automotiva (incluindo caminhões e ônibus) e embarcações e estruturas flutuantes.
Por outro lado, produtos siderúrgicos, celulose e produtos de madeira apresentaram crescimento. Já nas importações, a queda foi puxada por máquinas e equipamentos e indústria automotiva (incluindo peças e acessórios). Apresentaram crescimento óleo diesel, tecidos e bebidas.
A taxa de investimento no ano de 2014 foi de 19,7% do PIB, abaixo do observado em 2013 (20,5%). A taxa de poupança foi de 15,8% em 2014, ante 17,0% em 2013. 
Nova metodologia 
Os dados divulgados nesta sexta-feira já seguem a nova metodologia de cálculo adotada pelo IBGE a partir deste ano. O novo cálculo do PIB foi aperfeiçoado de acordo com os padrões internacionais recomendados por órgãos como as Nações Unidas (ONU), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Banco Mundial (BIS). e devem ser adotados pelos países até 2016. 
Informações sobre a nova série do Sistema de Contas Nacionais (referência 2010) estão disponíveis em 
A publicação completa da pesquisa divulgada nesta sexta-feira pode ser acessada na página 
Fonte: Portal Brasil com informações do IBGE
BNC Economia

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