18 de outubro de 2011

'Sou vítima de um tribunal de exceção', diz Orlando Silva

O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou hoje em audiência em duas comissões da Câmara ser vítima de um "tribunal de exceção" pelas acusações que vem sofrendo nos últimos dias. Na fala, ele procurou desqualificar o autor da denúncia, o policial João Dias Ferreira, e reclamou da repercussão do caso na imprensa. 

"Considero muito grave algumas afirmações, de que não importa a apuração, não importa o processo, o que importa é que há uma denúncia. Lembrei do tribunal de Nuremberg, do dito brasileiro: 'às favas os escrúpulos'. Isso é um tribunal de exceção. Acusar alguém e não provar, acusar alguém sem o devido processo é fazer um tribunal de exceção. Isso tangencia para o fascismo", disse o ministro.
O ministro, que chegou à Câmara com aproximadamente meia hora de atraso, foi recepcionado na porta por integrantes da bancada do PCdoB. "Sou Orlando, sou Brasil", gritavam os colegas de partido do ministro do Esporte.

Ele voltou a manifestar sua inocência diante das acusações de João Dias de que recebera propina de contratos celebrados no âmbito do programa Segundo Tempo. "É uma narrativa falsa, fundada em mentiras, fundada em inverdades."

O ministro reiterou também as acusações contra o policial militar. "Quem faz a agressão trata-se de um desqualificado, de um criminoso, de pessoa que foi presa, é uma fonte bandida". Ele lembrou que foi o Ministério que detectou irregularidades nos dois convênios firmados com entidades de João Dias. Observou que há uma tomada de contas especial no Tribunal de Contas da União (TCU) contra o policial e uma ação penal, que, segundo Orlando Silva, poderia estar perto do final.

BNC Brasília

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