O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas recuou 2,2% entre julho e agosto de 2011, ao passar de 105,0 para 102,7 pontos1. Após a oitava queda consecutiva, o índice alcança o menor nível desde agosto de 2009 (100,2 pontos), ficando ainda abaixo da média desde 2003 (104,0 pontos).
A queda do ICI em agosto foi influenciada principalmente pela diminuição da satisfação com o momento atual.
O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 3,6%, ao passar para 103,5 pontos, o menor desde setembro de 2009 (103,3). O Índice de Expectativas (IE) recuou em menor magnitude, 0,7%, para 101,9 pontos, o nível mais baixo desde agosto de 2009 (99,1). Ambos os indicadores estão agora abaixo de suas médias históricas recentes, sinalizando um desempenho fraco da indústria no terceiro trimestre de 2011.
Os três indicadores integrantes do ISA estão em queda, com destaque para o que mede os estoques na indústria: a parcela de empresas que considera o nível de estoques atual como excessivo avançou entre julho e agosto de 6,6% para 9,5%, o maior percentual desde julho de 2009 (10,6%). Já a proporção de empresas que o avaliam como insuficiente diminuiu de 2,2% para 1,5%, a menor desde fevereiro de 2009 (0,4%).
As perspectivas para o emprego industrial tornaram-se menos favoráveis na comparação com o mês anterior. Das 1.184 empresas consultadas, 22,6% preveem aumentar o efetivo de mão de obra nos três meses seguintes (o menor percentual desde julho de 2009), enquanto 11,9% pretendem reduzi-lo. Em julho, estes percentuais haviam sido de 23,7% e 9,9%, respectivamente.
BNC Brasil