6 de outubro de 2013

Dilma manda ministério reforçar segurança de dados após nova denúncia de espionagem

O Ministério de Minas e Energia (MME) também foi espionado por agências estrangeiras, segundo reportagem veiculada ontem (6) no programa Fantástico, da Rede Globo. Em nota, o MME, classificou como “grave” o monitoramento de seus sistemas de comunicação e de armazenamento de dados. Por meio de sua conta no Twitter, a presidenta Dilma Rousseff informou já haver determinado ao ministro da pasta, Edison Lobão, uma “rigorosa” avaliação e o reforço da segurança desses sistemas.

De acordo com a matéria do Fantástico, a espionagem de autoridades brasileiras não está sendo feita apenas pelos Estados Unidos. Conta também com a participação da Agência Canadense de Segurança em Comunicação (Csec), que teria mapeado as comunicações de computadores, telefones fixos e celulares do ministério.

A reportagem lembra que, de cada quatro grandes empresas de mineração do mundo, três têm sede no Canadá, país que, segundo o ministro da pasta, Edison Lobão, tem interesse sobretudo no setor mineral brasileiro.  Segundo nota do MME, a espionagem “sugere a tentativa de obtenção de informações estratégicas relacionadas com as áreas de atribuição da pasta”.

A presidenta Dilma Rousseff, que também foi alvo da espionagem norte-americana, disse pela rede social que confia na segurança do sistema de dados do MME, mas que a denuncia confirma as razões econômicas e estratégicas por trás dos atos da agência de inteligência canadense. “A reportagem aponta para interesses canadenses na área de mineração”, escreveu.

Dilma informou, ainda, que o Ministério de Relações Exteriores vai pedir explicações do governo do Canadá. “A espionagem atenta contra a soberania das nações e a privacidade das pessoas e das empresas”, escreveu. A presidenta ressaltou o fato de que Edward Snowden (o primeiro a fazer as denúncias de espionagens feitas pelos EUA) trabalhava havia apenas três meses na empresa que prestava serviços à NSA e, mesmo assim, teve acesso a todos os arquivos que serviram de fonte para as denúncias divulgadas até agora.

BNC Brasília

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