São Luis - O deputado Carlinhos Amorim (PDT) ocupou
a tribuna, para manifestar sua
preocupação com as famílias que estão sendo retiradas da área indígena
Awá Guajá, em municípios do interior do Estado.
Ele informou que soube da notícia do
ajuizamento de um pedido de liminar pela Associação dos Produtores
Rurais de São João do Caru, junto à Justiça Federal, para que os
moradores que estão sendo retirados da área possam pelo menos ter acesso
a seus pertences.
“Faço um apelo em favor de mais de duas
mil famílias, na região do Alto Turi, na área considerada como de
reserva indígena, onde órgãos do Governo Federal já estão ali já há
vários dias, retirando essas pessoas, queimando as suas propriedades, as
suas casas, eles, através de um advogado constituído pela Associação,
estão pleiteando um direito de ter acesso aos seus pertences”, explicou o
deputado.
Ele frisou que as pessoas que já foram
retiradas de lá, deixaram seus pertences e estão sendo impedidas pelo
Exército brasileiro, por agentes da Funai e por agentes da Polícia
Federal, para que possam ali retornar e levar consigo seus pertences.
Carlinhos Amorim acrescentou que há
ainda uma reclamação destas famílias, quanto ao não cumprimento de um
acordo celebrado após mais de três audiências, que é a garantia do Incra
de que estas famílias iriam ser levadas para outras propriedades, para
continuarem o seu trabalho na agricultura.
“Estas áreas não foram providenciadas, e
hoje estas famílias estão largadas pelas ruas de Zé Doca, de São João
do Caru e de outros municípios ali perto, sem que ocorra nenhuma
providência ou manifestação do Incra do Maranhão.
Portanto é uma
situação de calamidade, entendo que de desrespeito a essas milhares de
pessoas que foram despejadas, tiradas de suas propriedades, que lá
labutavam, há mais de 20 anos, pessoas que estão, há décadas ali, mas
que, no entanto, por uma decisão da Justiça, atendendo a um pedido da
Funai, foram retiradas e não lhes foi assegurada um novo local para
residir e trabalhar”, declarou o deputado, ao encerrar seu discurso na
tribuna.
BNC Parlamento Estadual