São Luis - Acontecerá,
na Cidade Universitária, entre os dias 5 a 9 de maio, o “Seminário
Internacional Carajás 30 anos: resistências e mobilizações frente a
projetos de desenvolvimento na Amazônia oriental”. O evento conta com a
participação de professores, pesquisadores, estudantes do ensino básico,
superior e de pós-graduação, militantes sociais, lideranças
comunitárias, assessores e especialistas na questão dos movimentos
socioambientais da Amazônia, oriundos do Brasil e de outros países da
América, Europa e África. As inscrições para os Grupos de Trabalho
(GTs), nas modalidades Pôster e Comunicação Oral, ficam abertas até esta
segunda-feira (24), pelo site do evento de endereço www.seminariocarajas30anos.org. As matrículas para participação seguem até o dia 6 de maio.
O
programa tem como o objetivo de avaliar criticamente os 30 anos do
Programa Grande Carajás (PGC) e, a partir do tema central do
‘desenvolvimento’, discutir suas consequências sociais, ambientais,
econômicas e culturais na região Tocantina. Pretende, com isto, envolver
movimentos sociais, pastorais e grupos afetados, em diálogo permanente
com grupos de estudos e pesquisadores acadêmicos.
Um
fator que incentivou a formação do seminário é o impacto sofrido pelas
populações atingidas nos trinta anos de implantação do Programa Grande
Carajás (PGC), extinto oficialmente pelo governo federal em 1991, mas
cujas consequências seguem sobre os povos atingidos. O Seminário se
constitui, desta forma, em um momento de divulgação dos desdobramentos
decorrentes de 30 anos de grandes projetos de desenvolvimento na
Amazônia oriental, explicitando que não há um consenso a respeito do
modelo de desenvolvimento imposto.
O
Seminário deverá produzir a articulação da produção acadêmica existente
e o estímulo para novas pesquisas integradas; a articulação dos
movimentos e lutas setoriais, em busca de convergências entre estes; e a
troca de experiência entre produção acadêmica e movimentos e lutas
sociais, com socialização dos estudos realizados e oportunidade de dar
voz aos saberes populares.
Não
é a primeira vez que o PGC está na pauta da academia e dos movimentos
sociais da região. Um exemplo foi o “Seminário Consulta Carajás”,
realizado por movimentos sociais e pesquisadores universitários na
região entre 1992 e 1995.
Fonte: ASCOM/UFMA