24 de março de 2014

Seminário internacional discute implantação do Programa Carajás

 
São Luis - Acontecerá, na Cidade Universitária, entre os dias 5 a 9 de maio, o “Seminário Internacional Carajás 30 anos: resistências e mobilizações frente a projetos de desenvolvimento na Amazônia oriental”. O evento conta com a participação de professores, pesquisadores, estudantes do ensino básico, superior e de pós-graduação, militantes sociais, lideranças comunitárias, assessores e especialistas na questão dos movimentos socioambientais da Amazônia, oriundos do Brasil e de outros países da América, Europa e África. As inscrições para os Grupos de Trabalho (GTs), nas modalidades Pôster e Comunicação Oral, ficam abertas até esta segunda-feira (24), pelo site do evento de endereço www.seminariocarajas30anos.org. As matrículas para participação seguem até o dia 6 de maio.   
 
O programa tem como o objetivo de avaliar criticamente os 30 anos do Programa Grande Carajás (PGC) e, a partir do tema central do ‘desenvolvimento’, discutir suas consequências sociais, ambientais, econômicas e culturais na região Tocantina. Pretende, com isto, envolver movimentos sociais, pastorais e grupos afetados, em diálogo permanente com grupos de estudos e pesquisadores acadêmicos.

Um fator que incentivou a formação do seminário é o impacto sofrido pelas populações atingidas nos trinta anos de implantação do Programa Grande Carajás (PGC), extinto oficialmente pelo governo federal em 1991, mas cujas consequências seguem sobre os povos atingidos. O Seminário se constitui, desta forma, em um momento de divulgação dos desdobramentos decorrentes de 30 anos de grandes projetos de desenvolvimento na Amazônia oriental, explicitando que não há um consenso a respeito do modelo de desenvolvimento imposto.

O Seminário deverá produzir a articulação da produção acadêmica existente e o estímulo para novas pesquisas integradas; a articulação dos movimentos e lutas setoriais, em busca de convergências entre estes; e a troca de experiência entre produção acadêmica e movimentos e lutas sociais, com socialização dos estudos realizados e oportunidade de dar voz aos saberes populares.

Não é a primeira vez que o PGC está na pauta da academia e dos movimentos sociais da região. Um exemplo foi o “Seminário Consulta Carajás”, realizado por movimentos sociais e pesquisadores universitários na região entre 1992 e 1995. 

Fonte: ASCOM/UFMA

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