20 de julho de 2014

RETÓRICA DE FUMAÇA - para conhecimento da nova geração




Existem homens públicos que, no exercício de seus mandatos, cultivam a mórbida pretensão de enganar o povo; esforçando-se por fazer-nos acreditar na “pureza” de suas encenações artisticamente urdidas.
Apesar dos muitos comediantes que atuam nesse cenário, o que mais se identifica com aludido perfil é o senador José Sarney, devido à agravante de sua retórica produzir maior volume de fumaça do que propriamente o poder de fogo por ele supostamente imaginado.
Tudo que ele prega é produto de consumo pessoal, porque, na prática, age de forma diferente, não passando de um vezeiro queimador de eloquentes palavras.
Nos discursos produzidos no Parlamento Nacional, proclama-se democrata e progressista, no entanto, historicamente, não passa de um ardoroso defensor de ditadura, a exemplo do que aconteceu em 64; chegando inclusive à condição de presidente do partido dos militares (ARENA).
Com esta sigla, conviveu pacífica e comodamente, apoiando medidas arbitrárias. Quem, com maior empenho, na área civil, elogiou o AI-5? Ocasião em que acusou a oposição de simplista por haver esta se posicionado de forma contrária a tais irregularidades? O então governador Sarney!
Comporta neste espaço acrescentar a afirmação que fez da Tribuna do Senado, a respeito da nossa soberania, que segundo ele passava a ser exercida em toda a sua plenitude com o advento dos militares no poder, deixando, pois, de ser mero “slogan”!
Apesar de suas habituais mistificações, não consegue esconder as suas honoríficas qualidades de itinerante no campo político-ideológico: atitudes que lhe asseguram a titularidade de Trivial convolador!
Aferrado ao individualismo, preconceitos e superstições, o seu horizonte não passa da altura do seu umbigo.
Essas atrofias, sempre tendentes a evoluir, faz parte de sua gênesi política.
Caudatário das oligarquias transplantadas dos demais estados do Nordeste para nossa terra, através do Senador Vitorino, procurou de imediato aliançar-se com este, em favor do qual fazia exacerbada apologia, e ainda o tratando por chefe, com gestos bajulatórios...
Durante os 14 anos que se juntou com Vitorino, contribuiu substancialmente para transformar o Maranhão num celeiro de atraso e miséria! Isso acontecendo na primeira fase da sua já acidentada carreira política.
Inspirado no fisiologismo, comumente a presidir as suas ações, tão logo previra o declínio do império vitorinista, rompe com o mesmo, colocando seu apoio à disposição da facção que com tanta veemência combatera!
Note-se que, anos antes, objetivando à participação de seus mais fieis escudeiros no primeiro escalão do governo da época, simula desligamento com os detentores do poder, dizendo-se a favor da candidatura do deputado Millet à governança do estado. Porém, bastou o chefe do Executivo disponibilizar-lhe duas secretarias de Estado (Saúde e Agricultura), para que ele retornasse às suas raízes ou ao salutar convívio vitorinista. Consumara-se, dessa forma, mais uma vilania por parte da figura em foco!
O mais cômico acontece no momento em que, incorporando-se ao novo grupo, utiliza-se, sem o mínimo escrúpulo, de recursos espúrios para criticar os mesmos mandatários que o ajudara a eleger. O refrão por ele instrumentalizado baseava-se no atraso sofrido pelo Estado naqueles 20 anos de domínio vitorinista, como se o mesmo nunca participara desse vergonhoso e deprimente processo!
A realidade é que, estimulado pela volúpia do poder a lhe abastecer o ego, nunca soube ser oposição. Acostumou-se desde cedo a depender de governos. Agindo como experiente bailarino político, só dança mediante os acordes sublimados pelos orquestradores do poder. E como dança!...
Nos idos que antecederam sua candidatura à governança estadual, através do artigo de nossa autoria, publicado no Jornal Pequeno, intitulado a FALSA COMÉDIA, alertávamos o perigo que representava para o Maranhão o ainda jovem José Sarney!
Para não nos alongarmos, fiquemos só nesses detalhes, embora existam tantos outros.
Agora, fazemos um apelo à nova geração: que esta fixe na memória, se possível de forma didática, a máxima (já que esta tem a ver com a figura do político José de Ribamar Ferreira de Araújo Costa, por cognome Sarney): PASSADO COMPROMETEDOR, FUTURO DUVIDOSO!
(*) Wagner Baldez - é Servidor Público Aposentado, membro do Comitê de Defesa da Ilha, um dos fundadores do instituto Maria Aragão e integra a Executiva Estadual do PSOL/MA.

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