PSTU em Parnarama |
Parnarama - O
candidato do PSTU ao governo Saulo
Arcangeli participou de um encontro realizado na comunidade Guerreiro, em
Parnarama, que contou com 19 comunidades quilombolas dos municípios de Matões,
Santa Helena, Bequimão, Peri Mirim, São Vicente Ferrer, Palmeirândia, Turiaçu,
Turilândia, São Luiz Gonzaga, Parnarama, Pirapemas, Serrano do Maranhão, Codó,
Mirinzal e Timbiras. Estavam presentes a Comissão Pastoral da Terra(CPT) e o
Movimento Quilombola do Maranhão(MOQUIBOM).
No
encontro as comunidades discutiram e expuseram as lutas pela manutenção e
titulação de suas terras e as ameaças que sofrem diariamente por parte de
grileiros, madeireiros, do agronegócio e do latifúndio. Comunidades que há anos
vivem nas terras e que resistem para permanecer mesmo com ameaças de morte,
assassinatos, reintegrações de posse concedidas pelo poder judiciário e pressão
das administrações municipais e do Governo do Estado.
O
Encontro também reforçou a luta da comunidade Guerreiro frente à tentativa da
Suzano Papel e Celulose de retirar suas terras. A comunidade busca ser
reconhecida como quilombola, cujo processo encontra-se, com muita lentidão, na
fase de certificação pela Fundação Cultural Palmares.
A
Suzano já ocupou mais de 19 mil hectares nas proximidades para plantação de
eucaliptos, com o intuito de utilizar em sua fábrica localizada na região sul
do estado, retirando várias famílias que produziam na área. Enquanto isso, na
cidade de Parnarama, produtos para alimentação da população vem de Teresina e de
outros estados.
“Em
relação à empresa Suzano Papel e Celulose, afirmamos que o modelo atual de desenvolvimento
do Estado visa o enriquecimento das empresas, enquanto os trabalhadores empobrecem
e são retirados das suas terras. Já foram várias áreas devastadas na região sul/sudoeste
do estado e agora ocupam a região dos cocais com suas florestas artificiais, agredindo
o meio ambiente e suas fauna e flora. Caso continue, o Maranhão se tornará um
imenso território de plantação de soja e eucalipto e não mais produziremos nada
para garantir a segurança alimentar e a vida da população maranhense”, afirma
Saulo Arcangeli.
Outros
problemas na comunidade Guerreiro são a falta de água e de energia elétrica. “
Em relação ao fornecimento de energia elétrica, a CEMAR afirma, segundo os
moradores, que não tem nenhuma previsão e que sua prioridade é o atendimento às
empresas, o que demonstra que a Luz não é para Todos. A energia não chega pela paralisia
do programa “Luz para Todos” do governo federal e a falta de compromisso da
CEMAR com a população, pois a empresa está preocupada com seu lucro. Por isso
defendemos a estatização da companhia para que atenda , com qualidade, aos que
mais precisam de energia.”, conclui Saulo Arcangeli.
Durante
a tarde foi realizada uma passeata pela cidade de Parnarama que passou por
vários órgãos. No Fórum de Justiça foi feita uma exigência para que o Poder Judiciário
não tome nenhuma atitude em relação à reintegração, antes que se conclua o
processo de titulação da terra quilombola de Guerreiro. Na Cemar, que funciona apenas
até meio-dia, foi feito um lacramento simbólico pela inoperância da companhia
em resolver o problema de energia e na prefeitura municipal foi cobrada uma
posição da administração sobre a falta de água na comunidade.
Enviada pela assessoria do candidato Saulo
Arcangeli
BNC Eleições 2014