9 de janeiro de 2014

A CRUELDADE DA FALTA DE ÁGUA


 Por Wagner Baldez
Como se não bastasse a carga de sacrifício imposta pela "governadora" às  donas de casa, no que diz respeito à falta de água nas torneiras, vem ela agora - movida por exacerbado sadismo - agravar a paciência de quem enfrenta tamanha dificuldade , vulnerando a resistência física dessas "guardiãs do lar".
Acontece que atualmente o indispensável  líquido aparece somente a partir das 24h, sendo interrompida já  às 07h30 da manhã e o abastecimento ocorrendo de três em três dias, inclusive em quantidade bastante exígua, que não chega sequer a alcançar a descarga e o chuveiro.
Em vista dessas anormalidades - mormente tratando-se do horário, obriga as donas de casa a permanecerem acordadas madrugada adentro, num trabalho cansativo de encher os vasilhames para acudir às necessidades prementes da casa. Ressaltamos que no início da vazão a água vem misturada com terra e permanentemente enlodaçada, o que comprova deixar de receber o tratamento requerido.
É por demais sabido que o consumo de água  se dá no período da manhã ao começo da noite. Portanto, tal medida, intempestivamente adotada, é totalmente fora de lógica. Se tal acontece, é simplesmente devido ao fato da gestora do EXECUTIVO ESTADUAL desconhecer as desastrosas implicações de tais situações.
Mas também, pudera!
"Quem passou a vida em brancas nuvens, e nunca sentiu frio da desgraça..." (Gonçalves Dias), como vem a ser o caso da mimada Roseana, jamais entenderá o que seja privação!
Basta sabermos que nas mansões do clã dos Sarneys só se usa água mineral. Isto certamente se dá devido a não confiarem na pureza da água da CAEMA...
Quanto ao referido órgão - coitado! - se acha na UTI, em fase terminal, aguardando apenas o resultado das eleições para que seja providenciada a venda da massa falida, ato incontinente em que receberá a extrema-unção.
Em alusão  ao reservatório do BATATÃ, o qual pretendem responsabilizar pela crise da falta de água, é um sórdido recurso para isentar a "governadora" de tão vergonhosa culpa; já que não dependemos dessa fonte para abastecer a cidade, mas sim do rio ITAPECURU, através do sistema ITALUIS.
Entretanto, ao invés de procederem à substituição da tubulação - há mais de uma década em completo estado de deterioração -, preferiram investir na contratação de ESCOLA DE SAMBA e cantores famosos, cujas apresentações desfalcarão mais uma vez os cofres públicos.
Para nós maranhenses restará apenas a dança macabra da falta d’água: o vai e vem dos vasilhames enlodaçados.
Como na fábula La Fontaine, em versão adulterada, a "governadora" parece querer nos dizer: "Cantaram? Agora dancem!!!"
(*) Wagner Baldez - Funcionário Público Aposentado, é membro da Comitê de Defesa da Ilha e fundador do Instituto Maria Aragão. Integra a Direção Estadual do PSOL/MA.

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