Rio de Janeiro – A
entrevista abaixo foi produzida pela equipe do Centro Aberto de Mídia
(CAM) João Saldanha, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, e pode
ser usada livremente pelos veículos de imprensa.
CAM –
A Apex está trazendo empresários e investidores estrangeiros para o
Brasil em uma grande ação de promoção durante a Copa do Mundo. Qual foi a
receptividade desse público estrangeiro?
Presidente da Apex, Maurício Borges –
A receptividade foi a melhor possível. Acho que o empresário chegando
aqui no Brasil teve duas boas surpresas. Uma foi ver empresa brasileira
com tecnologia, know-how, qualidade e muita criatividade. Isso para ele
foi uma oportunidade. Outra que, chegando aqui, ele encontrou também um
ambiente muito caloroso, uma receptividade e uma qualidade na estrutura
que surpreenderam. Foram duas boas surpresas para esse empresário que
veio ao País. São mais de 2.300, somando os que já chegaram e os que
estarão chegando ao longo da Copa, e que se depararam com empresas
brasileiras de altíssima qualidade. Muitos não conheciam a tecnologia
brasileira, o know-how brasileiro, a criatividade, como a da Stefanini,
nossa maior empresa dessa parte de tecnologia de informação.
CAM – De que maneira os grandes eventos contribuem para incrementar as exportações brasileiras?
Presidente da Apex, Maurício Borges - É
um grande chamariz, uma oportunidade de estar com a atenção do mundo,
com os holofotes da mídia internacional, com o interesse de vários
empresários. Esse é um momento único de trazer esse empresário que
talvez não viesse. Trazer para conhecer o potencial que nós temos aqui. O
Brasil é o segundo maior mercado mundial de cosméticos, é o maior
mercado mundial de vários produtos, como calçados, alimentos... O Brasil
é um grande mercado. E quando esse empresário vem e vê este País com
toda essa oportunidade e toda essa tecnologia, ele se surpreende. É um
momento extremamente oportuno e dificilmente a gente teria a atenção do
mundo nessa magnitude, se não fosse um projeto com a amplitude da Copa
do Mundo.
CAM –
Qual o resultado esperado para a ação de promoção comercial do Brasil
na Copa do Mundo em termos de cifras, com base na experiência obtida
durante a Copa das Confederações?
Presidente da Apex, Maurício Borges – Nossa
expectativa é gerar aproximadamente US$ 6 bilhões de negócios nos
próximos 12 meses. Isso inclui as nossas exportações mais o volume de
investimentos que podemos atrair para o Brasil. São resultados que
dependem de negócios gerados nesses encontros que são feitos previamente
a cada jogo. Na Copa das Confederações geramos US$ 3 bilhões. Na Copa
do Mundo, dobraremos essa cifra.
CAM – Quais os setores da economia que mais se beneficiam com essa ação da Apex?
Presidente da Apex, Maurício Borges – Setores
de casa e construção, tecnologia de informação, alimentos. Temos mais
de 70 setores que participam ativamente dessa iniciativa, e são esses
que se beneficiam de forma muito mais direta e objetiva desse movimento.
São vários setores da economia.
BNC Copa do Mundo