Este é o quarto assassinato no Maranhão. Na semana passada, em
Chapadinha, num confronto entre posseiros, um tombou e outro se encontra
à beira da morte no hospital Socorrao 2, na capital, São Luís. Nessa
mesma semana, violento despejo expulsou 42 famílias de suas terras,
griladas pelo latifúndio em favor da Suzano. 4 trabalhadores foram
presos. No final de junho, um indígena Awa Guaja sofreu tentativa de
homicídio, dentro da TI AWA GUAJA. Antes, Raimundo Brechó foi morto em
Timbiras, leste do Maranhão. Seu nome constava na relação dos ameaçados
de morte da CPT. O inquérito policial nunca foi concluso, e há quatro
meses se encontra parado!
Atualmente, várias são as pessoas ameaçadas de morte no Maranhão, por suas lutas em defesa do território, do meio ambiente saudável e por paz. Nada foi feito nos últimos 5 anos, nem pelo Governo Federal, muito menos pelo Governo do Maranhão, para proteger os defensores dos direitos humanos.
Apesar da firme pressão, inclusive realizada pela Anistia Internacional, em várias ações urgentes lançadas para proteger líderes e comunidades tradicionais maranhenses, o Estado vira as costas para os pobres da terra. Talvez porque não façam partes do projeto econômico que solapa esta nação e o Maranhão.
Aqui fica o registro da indignação por mais um ato de selvageria e brutalidade que torna o Maranhão recordista nacional em conflitos agrários no país.
Não passarão!
Diogo Cabral