16 de maio de 2015

CPI da Petrobras pode quebrar sigilos de Palocci e Dirceu nesta quinta-feira




A CPI da Petrobras apreciará nesta quinta-feira (14) diversos requerimentos, de autoria dos parlamentares. A pauta é extensa. São 434 propostas. Os destaques são os pedidos de quebra de sigilos fiscal, bancário e telefônico de ex-ministros do governo do PT, empreiteiros e operadores enrolados com a operação Lava Jato. 

Entre os requerimentos listados para serem votados estão os apresentados por Eliziane Gama (PPS-MA) que pedem o acesso aos sigilos dos ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu. Os dois voltaram à berlinda, após os investigadores da Lava Jato identificarem correlação entre o esquema criminoso arquitetado no seio da Petrobras e as consultorias praticadas pelos ex-ministros de Lula e Dilma com empreiteiras também envolvidas nas fraudes contra a estatal do petróleo.

O acesso aos dados das empresas de Palocci e Dirceu também consta na pauta. A CPI também colocou na ordem do dia da sessão requerimentos de Eliziane para verificar se operadores do esquema de corrupção na Petrobras que visitaram a sede da estatal, no Rio, também frequentaram o Ministério de Minas e Energia e à Casa Civil da Presidência da República. Em 4 anos, segundo registros oficiais, houve 2.226 visitas ao prédio da Petrobras de 10 investigados pela Lava Jato. O objetivo é saber se estas pessoas também frequentaram os gabinetes ministeriais.

A deputada do PPS também solicitou à comissão parlamentar de inquérito a quebra dos sigilos das empreiteiras OAS, Engevix e Galvão Engenharia. Os requerimentos também podem ser apreciados na mesma sessão.

“A nossa defesa, para o bom andamento dos trabalhos e eficiência, inclusive nas oitivas, é de que os sigilos bancário, fiscal e telefônico ocorram antes das convocações. Assim é possível confrontar os depoentes com informações oficiais”, justificou Gama.

Fernando Soares, apontado como operador do PMDB no esquema, e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, investigado por arrecadar a propina do esquema da Petrobras para seu partido, também podem ter suas informações fiscais, bancárias e telefônicas devassas pela CPI. 

BNC Política

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