2 de maio de 2015

O dia 1º de maio precisa ser um dia de marco regulatório para o trabalhador brasileiro, afirma Eliziane Gama

Brasília - “O dia 1º de maio precisa ser um dia de marco regulatório para a história do trabalhador brasileiro”. Desta forma, a deputada federal Eliziane Gama(PPS-MA) fez referência às comemorações do Dia do Trabalho.

Durante pronunciamento na Câmara dos Deputados na tarde desta quinta-feira (30), a parlamentar lamentou os números que mostram a problemática da mão de obra escrava, do trabalho infantil e desemprego no país.

“Quero trazer aqui os meus cumprimentos aos trabalhadores brasileiros neste 1º de maio, que deveria ser um dia de comemorações. Este dia é fruto da luta aguerrida, do empenho, da determinação e da garra de vários trabalhadores”, enfatizou.

Na tribuna, Eliziane Gama apresentou dados sobre desemprego no Brasil que mostram opercentual de crescimento nos últimos cinco anos.

“Hoje no Brasil não temos muito a comemorar, estamos dia após dia com números e indicadores preocupantes. Temos aumento do desemprego; as taxas apresentadas, 6,2%. Segundo números recentes, mais de 280 mil brasileiros estão na fila do desemprego”, enumerou.

Para a popular-socialista,  o Dia do Trabalho também é dia de reflexão sobre a participação da mulher no mercado trabalho e sobre os direitos trabalhistas conquistados e que precisam   avançar na legislação brasileira.

“Outro ponto que é necessário fazermos uma reflexão é o referente à perda de direitos. [...] Toda a legislação brasileira deveria avançar e às vezes acaba recuando. Temos a aprovação do projeto da terceirização, um futuro incerto, especialmente quando os terceirizados brasileiros são hoje os que mais sofrem e ficam menos tempo no mercado de trabalho”, comentou.

Na avaliação da deputada maranhense, o Brasil precisa vencer problemas sérios como o trabalho escravo e o trabalho infantil. Ela lembrou que o estado do Maranhão é um dos estados que mais exporta mão de obra escrava.

“Infelizmente o nosso país ainda sofre, de forma brutal e em uma total demonstração de violação de direitos, com o trabalho escravo. Infelizmente, está presente, não apenas nas fazendas, distante dos grandes centros urbanos, mas, às vezes, presente dentro dos grandes supermercados e das grandes empresas”, lamentou.

E completou: “Quero também trazer o meu repúdio ao trabalho infantil no Brasil que ainda é uma realidade. Mesmo com o avanço da legislação brasileira, não há um cumprimento à altura. É inaceitável que mesmo que nós tenhamos hoje, no Brasil, uma legislação brasileira importante, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, ainda tenhamos uma grande quantidade de crianças em situação de trabalho infantil”.

Por Josely Sodré
BNC Política

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